quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

BOLSISTAS DO PIBID APRESENTAM TRABALHO NO IX ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA (UFPA - BELÉM)



Bolsistas do PIBID no Campus do Guamá (UFPA), Belém 



Abaixo, os resumos dos trabalhos apresentados. 


O USO DO CINEMA ÉPICO-FICCIONAL NO ENSINO DE HISTÓRIA: REFLEXÕES A PARTIR DO CONCEITO DE META-HISTÓRIA DE HAYDEN WHITE
Michele Freitas Melo e Issac Gonçalves Portilho.
Graduandos da Faculdade de História do Tocantins (UFPA – Campus Cametá) e Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID).


Desde a década de 1970, Hayden White vem chamando a atenção para a possibilidade de enxergar o discurso histórico como algo eminentemente narrativo, pois ele se vale de uma representação coerente de eventos em tempo cronológico, sendo, portanto, a narrativa histórica retórica por essência. Sem adentrar na polêmica suscitada por White, que para alguns questionou o estatuto de ciência atribuído ao conhecimento histórico, esse trabalho pretende utilizar o conceito de Meta-história para se pensar o ensino de história. Entende-se, dessa forma, que a construção do conhecimento histórico em sala de aula, por conta das dificuldades e do breve tempo reservado a essa disciplina na carga horária semanal, acaba, na prática, se situando no limiar entre o discurso narrativo e o científico. Parte-se do pressuposto de que o primeiro passo é admitir essa tênue fronteira entre construção do conhecimento histórico em sala de aula e narrativa ficcional. Admitido esse pressuposto (e externando ele claramente aos alunos), pode-se, com mais segurança se valer de um recurso didático de extrema validade na atualidade: o cinema épico-ficcional. A Meta-história, portanto, oferece algumas reflexões teóricas de grande valia para o uso do cinema em sala de aula.

Palavras-chave: Meta-história, Cinema, Ensino de História.





ENSINO DE HISTÓRIA E OS PRÍNCÍPIOS DA “HORAÁ MUTEMET”: RELAÇÕES POSSÍVEIS
Karlena do Socorro Menezes Cunha, José Carlos Pereira Gaia, Edilene da Conceição Amaral Correa, Vera Lúcia de Cristo Lobato e Paulo Jhones Cardoso de Souza.
Graduandos da Faculdade de História do Tocantins (UFPA – Campus Cametá) e Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID).


Na década de 1980, uma equipe de psicólogos norte-americanos desenvolveu o conceito de inteligências múltiplas. Segundo esse aparato conceitual, cada indivíduo detém habilidades específicas, não sendo uma pessoa, necessariamente, mais inteligente que outra, pois um indivíduo pode apresentar habilidades musicais, outro pode demonstrar facilidade no raciocínio matemático e um terceiro pode ter aptidão para localizar situações históricas no tempo e no espaço. Flertando com a ideia de que o ser humano possui múltiplas inteligências, desenvolveu-se, em Israel, nessa mesma época, uma concepção pedagógica denominada "Horaá Mutemet", que, em tradução livre, significa Ensino Para a Diversidade. Esse trabalho pretende apresentar reflexões em torno da tentativa de aplicar essa concepção pedagógica ao ensino de História. Mais especificamente, serão realizadas reflexões acerca da experiência de relacionar princípios da “Horaá Mutemet” ao ensino do iluminismo e da Revolução Francesa para uma turma de oitavo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nadir Valente, localizada em Cametá (PA).

Palavras-chave: Ensino de História, “Horaá Mutemet”, 



A EXPERIÊNCIA DISCENTE NO PIBID ENSINO MÉDIO

O presente trabalho tem como objetivo contar a experiência de um grupo de graduandos de História que estão estagiando como bolsistas na Escola Estadual de Ensino Médio Francisca Nogueira da Costa Ramos, no Município de Baião no Pará, através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID). O programa visa estabelecer a inserção de alunos de licenciatura no cotidiano escolar, bem como a valorização da prática pedagógica com o desenvolvimento de atividades em sala de aula que são acompanhadas por um professor do ensino superior e um professor da escola. A experiência é uma iniciativa de adaptar graduandos de licenciatura ao universo cotidiano escolar desde os seus primeiros anos de formação.



Palavras Chaves: Iniciação a Docência – Educação – Ensino de História

SOBRE A EQUIPE DESENVOLVEDORA DESSE BLOG

É claro que, nós, que desenvolvemos esse Blog, pisamos no chão da sala de aula.

Nós somos a equipe do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), programa esse financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que tem bolsistas da Faculdade de História da Amazônia Tocantina, sediada no Campus Universitário do Tocantins/Cametá, da Universidade Federal do Pará. 

Quem nos financia

Programa do qual fazemos parte


Para mais informações sobre o PIBID: http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid

Para mais informações sobre o Campus de Cametá da UFPA: http://www.campuscameta.ufpa.br/

Nosso projeto tem vigência de abril de 2014 a março de 2018.

Trabalhamos em cinco escolas, em três municípios diferentes (Cametá, Baião e Abaetetuba): 

Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nadir Figueira Valente (Cametá/PA)
Escola Estadual de Ensino Médio Júlia Passarinho (Cametá/PA)
Escola Estatual de Ensino Médio Francisca Nogueira da Costa Ramos e (Baião/PA)
Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio (Baião/PA)
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cristo Redentor (Abaetetuba/PA)







EQUIPE

Coordenadores
Ariel Feldman
José Dias do Espírito Santo Júnior
Rosemeire de Oliveira Souza

Professores Supervisores
Francisco Martins Vieira Nogueira
Raimunda do Socorro Pinto dos Santos
Fernando Felix Rodrigues da Silva
Silvia Regina Paixão Alves


Bolsistas
Karlena do Socorro Menezes Cunha,
José Carlos Pereira Gaia
Edilene da Conceição Amaral Correa
Vera Lúcia de Cristo Lobato
Paulo Jhones Cardoso de Souza
Michele Freitas Melo
Isalene dos Santos Valente
Issac Gonçalves Portilho
Jeremias Pureza Martins
Franklin de Freitas Veiga
Diana Silva Fiel
Samiris Ribeiro Sampaio
Mirlene Ribeiro Benmuyal
Monique Nogueira Rodrigues
Wanderson Brito Dos Santos
Jeferson Pimentel Gomes
Vitor Fonseca dos Santos
Adria da Silva Brito
Lucenilda dos Santos Passos
Lucas Waldhelm Lima
Fábio Lobato Ribeiro
Karollyny Maria da Costa
Rhana Beatriz Maia
Yasmin Fonseca Amaral
Jaine Souza Rodrigues
Wiviny Ribeiro Costa
Paulo Vitor Miranda Girard
Tamires Moraes Damasceno

HISTÓRIA SEM GEOGRAFIA NÃO DÁ! (OU COMO TRABALHAR COM MAPAS A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA E A IDADE MODERNA)

Um aluno de história que não se localiza no espaço, não consegue aprender história. Em outras palavras, um aluno de história sem conhecimentos geográficos mínimos, não consegue desenvolver raciocínio histórico. Como ensinar Segunda Guerra Mundial se o aluno de 9º ano não sabe onde fica a União Soviética? Como ensinar conteúdos relativos ao Brasil colonial se o aluno não domina a localização dos continentes?

Aluna do 7º ano da Escola Municipal Nadir Valente (Cametá/PA) explicando, através de um mapa com bandeiras, o porquê de falarmos, na América, idiomas europeus. Note a bandeira da Inglaterra sob o território dos E.U.A., e a bandeira de Portugal sob o Brasil. 

Aluno explicando como era a América antes da chegada de Colombo.  Note o grupo do tronco linguístico Jê de azul, sob o atual território do Brasil. 

Aluna mostrando as rotas do tráfico negreiro existentes por volta de 1750. 

Na sequência, seguem instruções para que os alunos de 7º ano produzam quatro mapas gigantes. A atividade demora, mas vale a pena. Durante a atividades, as crianças estão, literalmente, debruçadas em cima do mundo. Elas tocam o mundo. Elas pintam o mundo. Elas perguntam sobre o mundo. As crianças curiosas aprendem demais durante a elaboração dessa atividade.


Por fim, com esses  mapas prontos, o professor pode fazer diversas atividades. Com esses quatro mapas prontos, o aluno poderá ter uma ótima noção do movimento histórico básico ocorrido entre 1500 e 1750.



FESTIVAL DE MAPAS


Os cinco tipos de mapas
A turma vai ser dividida em 4 grupos. Cada grupo vai fazer um mapa-mundi diferente. São quatro tipos de mapa:
1)Mapa das principais religiões hoje
2)Mapa dos principais idiomas europeus falados no mundo hoje
3)Mapa das Grandes Navegações (1450-1550)
4)Mapa do fim da Idade Moderna (1750)


Sugestão de técnica
  O mapas deve ser grande. Mas ele deve ser feito de maneira proporcional. Abaixo sugere-se uma técnica para fazer um mapa grande, de tamanho razoável. Colocar um papel manteiga em cima de um mapa-mundi escolar político. Fazer o contorno dos continentes e das principais ilhas. Usar esse contorno para a confecção do mapa. Depois de pronto o mapa no papel manteiga, cole ele em um isopor. 

Três faixas de papel manteiga juntadas com fita durex já cobrem um mapa-mundi escolar. 

Mapa-mundi político escolar. 

Fazer os continentes e as principais ilhas
É claro que é obrigatório fazer os continentes! Mas não é obrigatório fazer todas as ilhas do planeta. Seguem, abaixo, as ilhas mais importantes e que devem estar nos mapas:
-Inglaterra
-Irlanda
-Groenlândia
-Cuba
-Republica Dominicana e Haiti
-Japão
-Madagascar
-Nova Zelândia
-As três maiores ilhas da Oceânia






Quantas aulas para fazer?
-Em um primeiro momento, os grupos devem ser formados. O grupo deve se organizar para na próxima aula trazer todo o material necessário. A escola não fornecerá nada. Ou melhor, a escola  fornecerá apenas o mapa-mundi escolar.
-A partir da segunda aula, já com o material em mãos, o grupo terá 6 aulas  para confeccionar o trabalho.

MAPA DAS PRINCIPAIS RELIGIÕES

Legenda
-Países com maioria de cristãos católicos  - preencher com cruzes vermelha
-Países com maioria de cristãos protestantes (evangélicos) – preencher com cruzes azul
-Países com maioria de muçulmanos sunitas – preencher com luas crescentes marrons.
-Países com maioria de muçulmanos xiitas – preencher com luas crescentes verdes
-País com maioria de judeus – preencher com estrelas de David (6 pontas) roxas.
-Países com maioria das pessoas praticando religiões de origem africana (várias) –Preencher com pequenos rostos negros sorrindo.
-Países  com maioria de pessoas praticando religiões orientais (hinduísmo, budimo, taoísmo etc...) - preencher com pequenos rostos orientais sorrindo (amarelos)
-Países com maioria de pessoas praticando outras religiões – deixar em branco

Importante
Deve-se fazer o contorno de todos os países. Escrever o nome dos país em cima do mesmo. Escrever apenas nos países de maior extensão territorial. Em cima dos países pequenos não precisa escrever o nome. Caso contrário, o mapa ficaria muito poluído.

Material de apoio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_artigos_de_religi%C3%A3o_por_pa%C3%ADs

MAPA DOS PRINCIPAIS IDIOMAS

LEGENDA
-Países que tem o português como idioma oficial – pintar com as cores da bandeira da Portugal
-Países que tem o francês como idioma oficial – pintar com as cores da bandeira da França
-Países que tem o espanhol como idioma oficial – pintar com as cores da bandeira da Espanha
-Países que tem o inglês como idioma oficial – pintar com a bandeira da Inglaterra. 
-Países que tem o árabe como idioma oficial – pintar de verde. 
-País que tem o Chinês Mandarim como um dos idiomas oficiais – pintar com a cor da bandeira da China
-Países que não tem os idiomas acima citados como oficiais – deixar em branco

Importante
Deve-se fazer o contorno de todos os países. Escrever o nome dos país em cima do mesmo. Escrever apenas nos países de maior extensão territorial. Em cima dos países pequenos não precisa escrever o nome. Caso contrário, o mapa ficaria muito poluído.

Material de apoio



MAPA DAS GRANDES NAVEGAÕES (por volta de 1500)

Legenda
-Viagem de Cristovão Colombo – (1492-93) – risco vermelho
-Viagem de Cabral ( 1500) – risco verde
-Viagem de Fernão de Magalhães – (1519-1521) – Risco rosa
-Na América, pintar de cores diferentes os diversos grupos linguísticos indígenas que viviam antes da chegada de Colombo 
-Na Africa, indicar o nome de alguns Estados africanos 
-Na Europa, pintar de Vermelho Portugal e escrever a letra “P” por cima; pintar de amarelo Espanha e escrever a letra “E” por cima; pintar de azul a França e escrever a letra “F” por cima; pintar a Inglaterra de verde e escrever  letra “I” por cima.
-Indicar os territórios muçulmanos com a cor verde claro; com a cor verde escuro destacar o Império Otomano; indicar onde fica a cidade de Constatinopla. 
-Na Ásia, escolha duas cores e pinte  o Império Chinês (Ming) e o Império  Indiano.

Atenção!
Quem for confeccionar essa mapa não precisa contornar os países, apenas os continentes. Afinal, os países que existem hoje não existiam em 1500!

Mapas de apoio


 Principais reinos africanos entre 1200 e 1500.

Mapa da China durante a dinastia Ming

Império Otomano em diferentes épocas. 

Povos pré-colombianos (troncos linguísticos)

Sul da Índia por volta de 1500



 Grandes navegações. 


MAPA FIM DA IDADE MODERNA (POR VOLTA DE 1750)

-Na Europa, pintar de Vermelho Portugal e escrever a letra “P” por cima; pintar de amarelo Espanha e escrever a letra “E” por cima; pintar de azul a França e escrever a letra “F” por cima; pintar a Inglaterra de verde e escrever  letra “I” por cima.
-Na América, pinte de de vermelho o território dominado por Portugal; pinte de amarelo o território pela Espanha; pinte de azul o território ocupado pela França; pinte de verde o território ocupado pela Inglaterra 
-No Oceano Atlântico, indique com setas as principais rotas de tráfico de escravos 
-Na África, indicar com cores diferentes, a região onde predomina o grupo linguístico banto, e a região aonde predominam os dialetos sudaneses. 
-Retrate o mundo muçulmano da maneira que você achar melhor 
-Na Ásia, pinte de uma cor o Império Indiano; pinte de outra cor o Império Chinês (Quing); por fim, pinte de uma terceira cor o império do Japão. 

 Atenção!
Quem for confeccionar essa mapa não precisa contornar os países, apenas os continentes. Afinal, os países que existem hoje não existiam em 1500!

Mapas de apoio
América Colonial por volta de 1750

Rotas do tráfico negreiro, África Banta e África sudanesa

Evolução do islamismo ao longo do tempo

Índia por volta de 1760. Em amarelo o império Maratha. 

Dinastia Quing por volta de 1820. 







JOGO DE TABULEIRO GIGANTE SOBRE BRASIL COLONIAL

Os bolsistas do PIBID desenvolveram, com alunos de 7º Ano da Escola Municipal Nadir Valente, um jogo de tabuleiro gigante sobre o Brasil colonial.

Tabuleiro gigante.

Alunos brincando no tabuleiro gigante. 


Algumas perguntas do tabuleiro tinham que ser respondidas mostrando algo no mapa (mapas também produzidos por alunos)


O mais importante nesse tipo de atividade é que o professor não faça pelos alunos. O professor deve fornecer material e o aluno criar o jogo tendo como base esse material.

A seguir, seguem alguns documentos históricos, textos de historiadores, charges e imagens de época que foram oferecidos aos alunos. Assim, o aluno tinha que inventar uma atividade para quem caísse em uma determinada peça do tabuleiro, usando como base esse material que o professor forneceu. O professor auxilia, mas quem cria é o aluno.

MATERIAL FORNECIDO PELO PROFESSOR


“Compete mais ao capitão Criar vilas com seu termo [limite territorial], jurisdição, liberdade e insígnias, segundo o foro e os costumes do reino, onde julgar mais conveniente... Exercitar toda a jurisdição civil e criminal: superintendendo por si ou por seu ouvidor, na eleição de juízes e oficiais... No crime [processos criminais], o capitão e seu ouvidor têm jurisdição conjunta com a alçada até pena de morte, inclusive em escravos, gentios, peões cristãos e homens livres, em todo e qualquer caso, para absolver ou para condenar, sem apelação e agravo.”
(Foral entregue a Duarte Coelho, 1534. Documentos históricos brasileiros. Rio de Janeiro: MEC, 1976. p. 47.)


"Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda.”
(Do jesuíta italiano André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil, 1711.)


“A base, a agricultura; as condições, a estabilidade patriarcal da família, a regularidade do trabalho por meio da escravidão, a união do português com a mulher índia, incorporada assim à cultura econômica e social do invasor.
Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio – e mais tarde de negro – na composição.” (FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48ª Ed. São Paulo: Global, 2003. pp. 65-79)









Assim, os alunos, em posse dessas imagens, textos e documentos históricos, teriam que criar uma atividade. Um exemplo: caso a pessoa caia na casa do tabuleiro de nº 5, ela terá que ler esse documento histórico e realizar uma encenação. 

O jogo pode mesclar atividades abertas, de cunho mais criativo, com perguntas abertas e fechadas. A seguir, alguns exemplos de perguntas criadas pelos alunos do 7º ano. 

QUAIS OS COMBATENTES NAS GUERRAS JUSTAS?
A)    Jesuítas e portugueses
B)    Portugueses e indígenas
C)      Russos e indígenas


QUE LUGAR FOI INVADIDO NA REGIÃO BRASILEIRA DURANTE O GOVERNO DE FELIPE II ?
A)    Sudeste
B)     Nordeste
C)     Nenhum dos dois


EXPLIQUE COMO FUNCIONAVA O GOVERNO GERAL E DEPOIS RESPONDA SE VOCÊ VÊ ALGUMA SEMELHANÇA COM O GOVERNO ATUALMENTE.

ESSE JOGO LHE MOSTRA COMO FUNCIONOU O BRASIL COLONIAL.  VOCÊ SABE COMO FUNCIONA HOJE? O BRASIL É UMA REPÚBLICA? DIGA COMO FUNCIONA NOSSO GOVERNO.

VÁ ATÉ O MAPA DOS IDIOMAS E MOSTRE NA EUROPA QUEM FOI NOSSA METRÓPELE COLONIZADORA

ÁFRICA (JOGRAL MONTADO POR ALUNOS DE SÉTIMO ANO)

Espetáculo de dança e poesia, executado por alunos de 7º ano da Escola Municipal Nadir Valente (Cametá/PA), que visava valorizar a contribuição africana na formação da sociedade brasileira. O espetáculo buscava materializar através de uma apresentação artística o conteúdo estudado sobre o aspectos históricos e culturais do continente africano. 


CINEMA E ENSINO DE HISTÓRIA

O professor de história pode usar filmes épicos em sala de aula? Filme não é ficção? O filme não deturpa o conhecimento histórico?

Sim, qualquer filme é ficção. Qualquer filme de época deve ser encarado como ficção.

E, então, sendo um filme ficção, ele não deve ser levado à sala de aula?

Muito pelo contrário, o cinema é um ótimo recurso para auxiliar o professor de história. Afinal, se o aluno não assistir a um filme épico-histórico na escola, ele assistirá em casa, e sem a mediação do professor.

Quais são os principais cuidados que o professor deve tomar ao utilizar filmes em sala de aula?

Em primeiro lugar, martelar nessa tecla: filme é ficção. É preciso repetir isso à exaustão. Sobretudo para alunos do ensino fundamental, que tendem a interpretar aquilo que vêem na tela como representação fiel do passado. Repita sempre aos alunos: filme é ficção. O Gérard Depardieu é um ator, não é Cristóvão Colombo. Marco Nanini é um ator, não é Dom João VI. O sangue que jorra no filme A Paixão de Cristo não é sangue, é ketchup.

É importante, também, sempre falar do contexto em que o filme foi produzido. Se um filme foi produzido na década de 1950, ele reflete de alguma forma aquela década. É possível explicar um anacronismo, mostrando uma cena de um filme, sem usar essa complicada palavra. O professor de história que usa filmes tem que ser, de alguma forma, um crítico de cinema.

Mas como passar um filme inteiro se uma aula só dura 50 minutos?

Uma boa estratégia é usar apenas um trecho do filme. Mas cuidado para que esse trecho não fique descontextualizado. Fale um pouco da produção do filme, apresente as personagens principais e resuma o que se passou no filme antes da cena que será exibida.


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Ao longo de 2014, foram realizadas quatro sessões de cinema para alunos do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Júlia Passarinho (Cametá/PA).  O conteúdo programático do ano iniciou, cronologicamente, na Grécia Antiga e findou com as grande navegações (Idade Antiga e Média). Os filmes apresentados foram: Alexandre (2004, direção de Oliver Stone), Cruzadas (2005, dirigido por Ridlet Scott), El Cid (1961, dirigido por Anthony Mann) e 1492 – A Conquista do Paraíso (1992, dirigido por Ridley Scott). Os filmes serviram de base para atividades realizadas dentro de sala de aula, sendo que, dentro do espaço escolar, durante as aulas expositivas, também forma usados trechos de outros filmes. 

As sessões foram realizadas no auditório da UFPA/Cametá.  É preciso romper com a barreira existente entre escola e universidade. As licenciaturas, no Brasil, estão muito afastas da escola. 

PROPOSTA DE REDAÇÃO CRIATIVA SOBRE A EDUCAÇÃO ATENIENSE (PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO)

Leia com atenção os relatos, que seguem abaixo, do documento histórico da obra do historiador ateniense Xenofonte, “A República de Esparta”. Xenofonte nasceu em  430 a.C. e morreu em 355 a.C.. Ele era ateniense e visitou Esparta, contando um pouco aquilo que observou.

A EDUCAÇÃO EM ESPARTA

O Regime Escolar em Esparta
 XENOFONTE, A República de Esparta, 404 a.C.

Regulamentou (Licurgo) as refeições de maneira que os rapazes aprendessem, pela sua própria experiência, a não sobrecarregar o estômago e a não ir além do seu apetite.
Quando chegar a ocasião, dizia ele, os homens assim educados suportarão mais facilmente a fome; na guerra, poderão, seguindo as ordens dos seus chefes, viver durante mais tempo com uma módica ração, contentar-se sem dificuldade com as comidas mais grosseiras. Pensava, além disso, que os alimentos que tornam os corpos secos, nervosos, contribuem muito mais para a beleza da figura e para o vigor da constituição que aqueles que produzem a gordura.
No entanto, a fim de que eles não tivessem que passar fome, se se não encarregou de lhes fornecer o necessário, permitiu-lhes ao menos que a isso provessem eles mesmos, roubando os objectos de que tinham necessidade. Sem dúvida, não se acusará Licurgo por não ter proporcionado outros meios, quando permitiu os roubos astuciosos para subsistir. Acaso não tem o ladrão que quer fazer uma presa, que vigiar durante a noite, imaginar os estratagemas durante o dia, armar uma emboscada, ter gente à espreita?
Treinando as crianças em todas essas manobras, o seu objectivo era, portanto, evidentemente, torná-las mais hábeis para procurarem o que lhes era necessário e mais apto para a guerra. Mas porque é que Licurgo, considerando o furto um mérito, submeteu ao chicote aquele que fosse apanhado a roubar? Que admira! Acaso em todas as escolas não há castigos para aqueles que seguem mal os princípios que se lhes ensine? O que se pune entre os espartanos, não é o roubo, mas a feita de jeito.




1-      A partir da leitura do texto “O Regime Escolar em Esparta”, escolha uma das propostas abaixo e desenvolva uma redação de 15 a 20 linhas.

a.       Imagine que você seja uma criança espartana de 10 anos de idade, sob o regime educacional rigoroso da época, e que em determinada ocasião na escola, está desprovido de qualquer tipo de alimento. Assim, que estratégia você elaboraria para saciar a fome? Conte sua história
                                              

b.      Você é um ex-guerreiro espartano que vive no ano de 400 a.c. e  seu filho acabara de completar 7 anos de idade e a qualquer momento poderá ser chamado para servir no exército de Esparta. Escreva uma carta a ele, aconselhando-o, a partir de suas experiências como guerreiro, e explicando-o como funcionava o regime educacional quando ainda era um soldado.



c.       Tendo em vista o que você aprendeu sobre a Educação Espartana, elabore uma redação dando sua opinião sobre as diferenças e semelhanças educacionais existentes entre a sociedade Espartana e a nossa sociedade atual. 

ATENÇÃO! A REDAÇÃO QUE VOCÊ CRIAR É ALGO FICTÍCIO, ALGO QUE NÃO ACONTECEU! ESSE É UM EXERCÍCIO DE IMAGINAÇÃO HISTÓRICA, UMA BRINCADEIRA COM A HISTÓRIA. 

CARDÁPIO DE ATIVIDADES - GRÉCIA ANTIGA (PARA ALUNOS DE QUALQUER IDADE)

Abaixo, segue, em slides, um cardápio de atividades a ser aplicado tanto com alunos do Ensino Médio como do Fundamental.

http://pt.slideshare.net/aridu18/cardpio-deatividadesgrciaantiga

A seguir, o texto de apoio para o grupo que escolher a atividade nº 3. Para quem escolher as demais atividades, sugere-se o livro didático ou pesquisa livre na internet.

O MITO DE ÉDIPO REI
(Extraído do site Café com Filosofia, disponível em https://filosofojr.wordpress.com/2008/09/30/o-mito-de-edipo-rei/)
Na antiguidade, os gregos cultuavam uma série de deuses (Zeus, Hera, Afrodite, etc.) e semideuses, acreditando que os mesmos tinham forma humana. Por isso, a religião deles era conhecida como politeísta antropomórfica.
A distinção entre deuses e semideuses se dava através do fato de que os deuses eram imortais e provenientes da geração divina. Já os semideuses eram fruto da relação de um deus com uma mortal e não tinham a imortalidade.
Um mito clássico na História da Filosofia é o da tragédia Édipo rei, que posteriormente, no século XIX, foi utilizado por Freud para falar do amor dos filhos para com os pais durante a infância . A história é seguinte:
Laio, rei da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria morto pelo próprio filho, que se casaria com a mãe.
O rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois, arrependeu-se do que havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos furados para que ela morresse. A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao no me Édipo, que significa pés inchados. O menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a Polibo, o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também foi até o oráculo de Delfos para saber o seu destino. O oráculo disse que o seu destino era matar o pai e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas. No meio do caminho, encontrou com Laio que pediu para que ele abrisse caminho para passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo.
Sem saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. No caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os decifrasse. O enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o homem, pois na manhã da vida (infância) engatinha com pés e mãos, ao meio-dia (idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) precisa das duas pernas e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido decifrada e se matou.
O povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como esposa. Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se.
O COMPLEXO DE ÉDIPO
No século XIX, Sigmund Freud fez uma reinterpretarão do mito de Édipo, denominada como o Complexo de Édipo. Segundo Freud, o Complexo de Édipo é um conjunto de desejos amorosos e hostis, que uma criança experimenta em relação aos seus pais. Em sua forma positiva, o complexo é semelhante à história do mito, ou seja, desejo da morte do rival que é a pessoa do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Em sua forma negativa, apresenta-se de forma inversa, ou seja, raiva do sexo oposto e amor pelo mesmo sexo.

De acordo com o pensamento freudiano, o Complexo de Édipo é vivido entre os três e os cinco anos e desempenha um papel fundamental na estruturação da personalidade e na orientação do desejo humano. Ele ainda ressalta a influência do comportamento dos pais na vida da criança