quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Hiroshima e Nagazaki ontem e hoje - simulação de entrevista com morador da localidade

É sempre importante fazer a relação com o tempo presente. A consciência história, segundo Jorn Rusen, é um processo mental comum a todos os seres humanos e não uma habilidade apenas dos historiadores profissionais. Ainda segundo Rusen, a consciência histórica é a característica humana de pautar suas ações presentes de acordo com uma representação do passado e tendo em vista mudanças para futuro.

Paulo Miceli disse que se o professor de história não frisar a importância dela para o tempo presente, ele irá perder de goleada a atenção dos alunos para o professor de ciências, pois "mais interessante ver surgir, lentamente, uma plantinha de um pedaço de algodão umedecido do que ouvir relatos sobre a formação e desintegração de grandes impérios. Parece e é, porque a plantinha, na sua modéstia, representa uma criação. É algo novo que surge à frente de quem aprende: cheira à vida, enquanto a História cheira a poeira, coisa velha e de pouca valia." Miceli defende a constante aproximação, em sala de aula, da história-estudo e da história-realidade, ou da história-vivida.

O vídeo abaixo, produzido por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente, é fruto de uma tentativa de tornar um pouco mais viva, para o tempo presente, a história de Hiroshima e Nagazaki, tão distante no planeta de Cametá. Não reparem na imagem da Guerra do Vietnã colocada erroneamente, pois ela não desautoriza o cerne da atividade.



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A citação de Miceli foi extraída do livro "O Ensino de História e a Criação do Fato", organizado por Jaime Pinsky, publicado em várias edições pela Editora Contexto. 






Público atento: a socialização e a valorização do trabalho dos alunos é essencial. 





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