quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Proposta de redação criativa sobre Primeira Guerra Mundial
“Em alguns países como Alemanha, França e
Itália, a poesia se fez presente durante os quatro anos que durou a Grande
Guerra, em nenhum deles seu papel cultural foi tão marcante quanto na
Inglaterra. Jornais diários e revistas semanais publicavam sistematicamente
poemas dos mais diversos autores e, como que para comprovar essa importância,
uma placa comemorativa com o nome de dezesseis deles foi instalada no Poet’s
Corner da Abadia de Westminster, em 1985.”
Soldados em uma trincheira
Sabemos
que um dos períodos mais sangrento e difíceis da Grande Guerra se deu nas
trincheiras. Não podemos nos esquecer de quem estavam nessas trincheiras
lutando, eram soldados que antes de serem soldados eram pessoas que tinham uma
história de vida e que em algum momento foram recrutados para servia à nação em
combate.
Com base na leitura,
imagine que você é um soldado em plena guerra que, ferido, decide escrever um poema. Neste poema você pode abordar os seguintes temas:
·
Patriotismo;
·
Saudades do Lar;
·
Guerra, por quê, pra quê?
·
Entre outros.
Exemplo de um poema escrito por um soldado na Grande Guerra:
What
passing-bells for these who die as cattle?
Only the monstrous anger of the guns.
Only the stuttering rifles' rapid rattle
Can patter out their hasty orisons. (...)
Only the monstrous anger of the guns.
Only the stuttering rifles' rapid rattle
Can patter out their hasty orisons. (...)
Que sinos dobrarão por estes que assim morrem
como animais? Só a ira horrenda dos canhões.
como animais? Só a ira horrenda dos canhões.
Só o rápido estrondar dos fuzis gaguejantes
deles dirá as apressadas orações. (...)
deles dirá as apressadas orações. (...)
Wilfred Owen: morto no final da Guerra
REFERÊNCIAS EXTRAÍDAS DE:
Teatro sobre o golpe civil-militar de 1964, com ênfase na realidade da Amazônia Tocantina
Defendemos o teatro como um poderoso recurso didático, pois o aluno pode construir sua própria narrativa histórica sobre um determinado conteúdo,
tendo em vista, tal como sugere Jorn Rusen, que a consciência história é sempre
desenvolvida através de uma narrativa construída do passado.
Abaixo, segue o vídeo da peça produzida por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente. Um foco importante da atividade foi aproximar o golpe de 1964 ao contexto regional, isto é, a realidade da Amazônia Tocantina.
Confira, abaixo, o roteiro produzido pelos alunos e que serviu de base para a teatralização.
Abaixo, segue o vídeo da peça produzida por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente. Um foco importante da atividade foi aproximar o golpe de 1964 ao contexto regional, isto é, a realidade da Amazônia Tocantina.
Confira, abaixo, o roteiro produzido pelos alunos e que serviu de base para a teatralização.
O Golpe Civil Militar de 1964 no Brasil
Narradora:
bom dia senhoras e senhores, somos a 8ª série “a” da Nadir Valente e vamos
apresentar agora um teatro que desenvolvemos junto ao projeto PIBID-História da
UFPA, sobre o “Golpe Civil Militar de 1964”, conteúdo estudado em sala e que
foi utilizado como tema para o teatro que vocês verão a seguir.
No
teatro falaremos sobre o processo histórico e político brasileiro que aconteceu
a pouco mais de 50 anos atrás, possivelmente, nossos pais e avós tenham vivenciado,
a ditadura militar no Brasil em suas mazelas sociais, projetos de progresso e
uso da repressão para os militares se manterem no poder.
É
interessante sabermos nossa história, e é mais interessante ainda quando ela se
materializa diante de nossos olhos de forma cômica ou trágica dando sentido a
história que muitas vezes vemos como pronta e acabada, assim podemos criar
novas possibilidades para refletir sobre a nossa história.
É
o que tentamos fazer neste teatro, e esperamos contar com a atenção e participação
de vocês, desde já, agradecemos a presença de todos.
1º.
Ato: O GOLPE-Interação com o público
Cena 1:
(Vídeos
e imagens da época da ditadura são passadas no telão, de repente o áudio e
vídeo param, quando uma aluna do meio da plateia inicia sua fala).
Aluna: Quantos de nós temos lembranças
daquela época que o Brasil estava sob o poder dos militares? Será que eles
ficaram por muito tempo no governo apenas pela sua força de repressão, ou eles
tiveram apoio das classes populares? Mas como isso foi possível?
Eu
pergunto a vocês, o período do governo militar foi bom? Foi ruim? Porquê hoje e
dia muitos pedem para que a ditadura volte? (As luzes se apagam)
Narradora:
Depois de ter vivenciado o período da ditadura militar (1964-1985) em seu
governo autoritário, sofrido com as torturas físicas e repressões, duas colegas
e suas famílias que viviam em São Paulo decidem mudar-se para Belém do Pará em
1980 para fugirem das repressões que aconteciam com mais evidência na capital
paulista. Elas presenciaram os momentos de lutas e resistências do regime
militar, e atualmente desfrutam da boa democracia do Brasil.
Depois
de muito tempo sem se ver, elas se reencontram em uma lanchonete de Belém no
ano 2000.
Colega
1: – Oi querida, quanto tempo que não nos víamos, como você está?
(Garçonete
servindo a mesa)
Colega
2: – Eu vou bem desde a última vez que nos encontramos, quanta coisa mudou,
não? Só de pensar tudo o que passamos nos tempos da ditadura... me dá um
arrepio na espinha, ainda bem que hoje vivemos em uma república democrática.
Podemos nos expressar livremente, sem ter ninguém nos vigiando e censurando.
(Uma
senhora que passa ao lado da mesa e ouve a conversa fala)
Senhora:
vocês só podem estar loucas (tom de sarcasmo), eu nunca vi um Brasil tão bom de
se viver com nos tempo em que os militares governavam, não tinha baderna, não
se via pouca vergonha nas ruas, e a economia do Brasil ...rum! nem se fala... é
por isso que eu tenho saudades daqueles tempos e até gosto quando vejo estes
garotos de hoje pedindo para voltar a ditadura. (slide com #voltaDitadura)
Narradora:
neste momento, elas deparam-se com uma sena lamentável acontecendo do outro
lado da rua.
Vendedora:
mas senhores, eu não estou fazendo nada de errado! Estou apenas trabalhando
honestamente para poder manter a mim e aos meus filhos.
Policial
1: isto não nos interessa! Você deveria saber que para trabalhar aqui no mínimo
tem que apresentar o alvará de funcionamento.
Policial
2: pegue seus esses trapos que você vende e saia daqui, ou teremos que lhe
prender por desacato à autoridade!
Vendedora:
mas isso é injusto! (Chorando, a senhora começa a arrumar seus itens para se
retirar)
Colega
1: (dirigindo-se para a senhora) Veja senhora, hoje em plena democracia os
militares agem assim, agora pense no que eles não estavam fazendo naquele
período?
Colega
2: eu sei que eles estão cumprindo as leis, mas deveriam oferecer um prazo para
que a vendedora pudesse se organizar, e não trata-la daquela maneira bruta.
Colega
1: é desse tempo que você tem saudades?
Senhora:
é verdade foi um tempo difícil mesmo, mas não devemos pensar só nisso. Pois se
hoje a gente tem energia elétrica é por causa dos projetos em que os presidentes
Castelo Branco, Médice e Geisel deram apoio à construção da Hidrelétrica de
Tucuruí.
Eu
bem lembro do tempo em que meu falecido marido contava de suas experiências de
trabalho depois que o governo militar decidiu apoiar a construção da
Hidrelétrica de Tucuruí, vocês não veem o quanto progresso eles trouxeram?
Empregos, eletricidade... hum, só eles para botar o Brasil nos eixos novamente.
2º
ATO: HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ- Choques de interesses entre empresa e povos
indígenas
(Lembranças
da senhora)
(Slide e Áudio com o discurso do presidente ao
progresso do Brasil)
Narradora: no ano de 1975 durante o governo de Ernesto
Geisel deu-se início ao processo de construção da Hidrelétrica de Tucuruí, pela
ideia de segurança nacional em contemplar as áreas chamadas de “desabitadas”,
como no caso da Amazônia, e também trazer o progresso para a sociedade
brasileira gerando empregos para a região.
Houveram
muitas imigrações para a região norte a procura de emprego na construção da
Hidrelétrica, muitas famílias foram contempladas, mas as pessoas não imaginavam
os problemas que a construção da Hidrelétrica traria. Os mais impactantes foram
a devastação ambiental, e o prejuízo trazido às comunidades indígenas que
habitavam as regiões próximas à hidrelétrica, sem dizer as doenças ocasionadas.
(As
cortinas se abrem)
Cena 2: a
construção da Hidrelétrica
Dono
da empresa: senhores, nosso compromisso é trazer energia elétrica para a
população brasileira, mas para isso precisamos derrubar os obstáculos.
Trabalhador
1: mas chefe, o que você chama de obstáculos?
Dono
da empresa: tudo! Desde a natureza até os índios (risos) eles que procurem
outro canto de mato para viverem, por que não vamos deixar o Brasil no atraso
por causa deles. Vamos botar esta floresta no chão!
Trabalhador
2: é! Eles que procurem outro canto de mato para viverem, pois nós precisamos trabalhar,
e alimentar nossas mulheres e filhos!
(As
cortinas se fecham)
Cena 3:
Narradora:
a noite, ao chegar em casa, depois cinco meses de trabalho, um dos
trabalhadores conta a sua família suas experiências na construção da
Hidrelétrica de Tucuruí.
(Todos
à mesa jantando)
Pai:
ah... Minhas queridas, eu espero que os militares continuem no governo do
Brasil, pois se for assim, vamos nos tornar um país de primeiro mundo.
Pai:
vocês acreditam que um bando de índios queriam interromper o nosso trabalho?
Mas não deixamos, eles tiveram que sair de lá, ou teriam que ocupar um
lugarzinho no céu (risos).
Filha:
mas papai, é certo tirar os índios de suas casas? Pra onde eles vão? E por que
estão fazendo isso com eles?
Mãe:
minha filha, você não entende! Eles podem achar outro lugar de mato pra
viverem, mas nós precisamos disso, se não fosse assim nós não estaríamos aqui,
com casa e comida. E lembre-se, seu pai precisa trabalhar.
(Fecham-se
as cortinas)
Narradora:
alguns anos após ter iniciado a construção da Hidrelétrica, houve um surto de
malária em consequência ao desmatamento e exploração das terras amazônicas sem
planejamento e suporte, muitos foram contaminados pela doença e acabaram por
falecer.
(Pai
de família muito doente em leito de morte)
Pai:
(deitado) acho que meu papel de pai foi cumprido, pude ter uma vida digna e
honesta de trabalho, trabalhei muito, e agradeço a Deus por tudo que os militares
estão fazendo por nós, posso morrer em paz.
Mãe:
não diga isso, ainda temos muito o que viver deste país maravilhoso.
Pai:
é verdade, mas eu já não tenho forças para trabalhar, nem para viver e para mim
foi uma honra ter contribuído para este progresso. (Dizer estas últimas
palavras devagarinho e fechando os olhos)
Filha:
papai? Papai??? Não!
(Mãe
e filha choram a triste perda)
Mãe:
ele fez o possível por nós minha filha, foi um grande homem.
Filha:
mas eu não aceito isso, mãe! Essa doença maldita não podia ter levado meu
pai...
Cena 4: de
volta à lanchonete
Colega
1: senhora, você tem consciência das consequências que o dito progresso
implantado pelos militares trouxeram?
Colega
2: você percebe que os indígenas, assim como você também tinham necessidades de
viver e se alimentar dignamente? E que suas vidas foram modificadas sem ninguém
pedir a eles sua opinião? Em nome do progresso.
Colega
1: nós sabemos que hoje precisamos de energia elétrica para vivermos bem, mas
devemos saber que isto que hoje temos, custou caro a algumas pessoas.
Senhora:
inclusive meu marido (fala com tristeza), pois foi por causa da malária que ele
faleceu. Agora fiquei imaginando o quanto os as famílias indígenas devem ter
sofrido com tudo isso.
Senhora:
a ditadura militar trouxe avanços, mas também desgraças.
Colega
1: e tudo isso podia ter sido diferente se não fosse a ambição por controlar o
Brasil por parte dos militares.
Colega
2: verdade, pois nesses conflitos, muitas vidas inocentes foram tiradas, e
muitos pagaram pelos atos de outros.
Reflexão:
Aluna:
cabe a nós percebermos e refletirmos sobre o período do Regime militar, sabemos
muito sobre as repressões, exílios e mortes, mas não paramos para imaginar como
as pessoas estavam envolvidas neste processo, qual o papel dos povos indígenas,
das famílias, enfim, dos avanços, progressos, devastações e consequências.
Será
que hoje em dia a ditadura seria proveitosa?
Abriríamos
mão da democracia para sermos submetidos a repressões em nome do progresso?
São
fatores que não dizem respeito a nós mesmos, mas à sociedade brasileira. Como
nos comportaríamos diante de circunstâncias que passam por cima dos nossos
direitos de cidadãos?
Saberíamos
viver?
Saberíamos
nos expressar?
Saberíamos
entender?
(para
finalizar, slides com música e vídeo sobre a ditadura)
Narradora:
bom gente, este foi o teatro apresentado pela 8ª série “A”, sobre o perído da
ditadura militar no Brasil, onde buscamos mostrar alguns dos motivos pelo qual
os militares permaneceram no poder. E entender isto de acordo com a realidade
histórica paraense. O teatro foi elencado por:
Daniele
Rodrigues
Giovanna
Victória Rodrigues
Tayse
Pinto
Mayara
Silva
Irla
Cardoso
Camila
Silva
Jéssica
de Jesus
Emanuelly
Vidal
Esperamos
que vocês tenham gostado. Uma salva de palmas. (Fecham-se as cortinas)
História em quadrinhos como estratégia didática para construir uma narrativa histórica
Sugerir que os alunos confeccionem uma história em quadrinhos para construir sua própria narrativa histórica sobre um determinado conteúdo é uma estratégia interessante.
O exemplo que mostraremos abaixo foi fruto de uma atividade sugerida na "Sequência didática bimestral: período joanino, independência e primeiro reinado". Veja, nessa outra postagem que fizemos anteriormente, o cardápio de atividades sugerido para aulas de 12 a 20. Dentro desse cardápio, sugerimos ao aluno que contasse, de forma resumida, em um história com 8 quadrinhos, a Confederação do Equador.
O produto que mostraremos abaixo é fruto de um dos grandes problemas da educação brasileira: o excesso de cópia. Está comprovado, por pesquisas, que o aluno brasileiro passa um enorme tempo copiando do quadro pro caderno, ou do livro didático pro caderno, sem nenhum objetivo pedagógico. Dessa forma, o professor ocupa o tempo de aluno e não tem dor de cabeça. A cópia ocupa e acalma os alunos, cheios de energia vital. Muitos alunos brasileiros perdem 12 anos da sua vida copiando mecanicamente. Dos 6 aos 17 anos de idade, ele copia muito. Muitas vezes, a cópia é virtual, "ctrl c" e "ctrl v". É muito comum o professor brasileiro pedir um trabalho de pesquisa, sendo que o aluno apenas acha algo no Google, imprime e entrega. Trata-se de um prática cotidiana, algo feito todo dia, durante 12 anos. Essa prática vicia.
Entendemos que o teor da história em quadrinhos exposta abaixo é, em grande parte, resultado desse processo em que o aluno perde a capacidade criativa. O aluno, que passa por esse processo perverso e do qual ele não tem culpa, vicia-se em copiar e colar trechos do livro. No exemplo abaixo, o aluno, do Ensino Médio, ainda elaborou com suas próprias palavras muitas frases. Não se trata de um exemplo extremo, mas é sintomático de uma prática pedagógica profundamente arraigada.
Sobre a copia em sala de aula, conferir: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/copia-tempo-perdido-didatica-alfabetizacao-leitura-producao-texto-529070.shtml
O exemplo que mostraremos abaixo foi fruto de uma atividade sugerida na "Sequência didática bimestral: período joanino, independência e primeiro reinado". Veja, nessa outra postagem que fizemos anteriormente, o cardápio de atividades sugerido para aulas de 12 a 20. Dentro desse cardápio, sugerimos ao aluno que contasse, de forma resumida, em um história com 8 quadrinhos, a Confederação do Equador.
O produto que mostraremos abaixo é fruto de um dos grandes problemas da educação brasileira: o excesso de cópia. Está comprovado, por pesquisas, que o aluno brasileiro passa um enorme tempo copiando do quadro pro caderno, ou do livro didático pro caderno, sem nenhum objetivo pedagógico. Dessa forma, o professor ocupa o tempo de aluno e não tem dor de cabeça. A cópia ocupa e acalma os alunos, cheios de energia vital. Muitos alunos brasileiros perdem 12 anos da sua vida copiando mecanicamente. Dos 6 aos 17 anos de idade, ele copia muito. Muitas vezes, a cópia é virtual, "ctrl c" e "ctrl v". É muito comum o professor brasileiro pedir um trabalho de pesquisa, sendo que o aluno apenas acha algo no Google, imprime e entrega. Trata-se de um prática cotidiana, algo feito todo dia, durante 12 anos. Essa prática vicia.
Entendemos que o teor da história em quadrinhos exposta abaixo é, em grande parte, resultado desse processo em que o aluno perde a capacidade criativa. O aluno, que passa por esse processo perverso e do qual ele não tem culpa, vicia-se em copiar e colar trechos do livro. No exemplo abaixo, o aluno, do Ensino Médio, ainda elaborou com suas próprias palavras muitas frases. Não se trata de um exemplo extremo, mas é sintomático de uma prática pedagógica profundamente arraigada.
Sobre a copia em sala de aula, conferir: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/copia-tempo-perdido-didatica-alfabetizacao-leitura-producao-texto-529070.shtml
Cardápio de atividades sobre liberalismo econômico e socialismo
No link abaixo, um cardápio de atividades em grupo para propor a turma. É recomendável que as atividades propostas sejam realizadas após algumas aulas sintetizando os principais aspectos do liberalismo econômico e do socialismo, bem como as principais ideias de Karl Marx e Adam Smith. É recomendável, também, a seleção de um bom material bibliográfico de apoio para os alunos aprofundarem a discussão do tema.
Trazer o tema para o tempo presente, opondo o governo Lula, mais estatista, e o governo FHC, neoliberal, é uma outra estratégia importante. Trata-se de um discussão extremamente contemporânea. Uma pessoa não consegue ler o mundo atual sem entender, sinteticamente, os principais aspectos dessa oposição.
Atividade voltada para alunos do Ensino Médio ou Fundamental.
http://pt.slideshare.net/aridu18/cardpio-de-atividades-liberalismo-econmico-e-socialismo
Trazer o tema para o tempo presente, opondo o governo Lula, mais estatista, e o governo FHC, neoliberal, é uma outra estratégia importante. Trata-se de um discussão extremamente contemporânea. Uma pessoa não consegue ler o mundo atual sem entender, sinteticamente, os principais aspectos dessa oposição.
Atividade voltada para alunos do Ensino Médio ou Fundamental.
http://pt.slideshare.net/aridu18/cardpio-de-atividades-liberalismo-econmico-e-socialismo
Atividades desenvolvidas em Baião durante 2015
Segue um breve relato do Projeto
PIBID, desenvolvido nas Escolas “Francisca Nogueira da Costa Ramos”, de Ensino
Médio e “Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio”, no ano de 2015.
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUDAMENTAL
SANTO ANTÔNIO
Na
escola, fizemos o acompanhamento dos alunos em sala de aula, juntamente com o
Professor Francisco Nogueira, responsável pelas aulas de história da escola.
Auxiliamos nas aulas, nas atividades avaliativas, correção de provas e
trabalhos. Dentre os assuntos abordados ao longo do projeto, foi estudado sobre
Revolução Industrial, A Primeira Guerra Mundial, A vinda da família Real para o
Brasil, República, e entre outros, distribuídos entre o 6° a 9° ano.
Além dos conteúdos administrados em sala de aula juntamente com o professor, foi realizado na Escola, uma Feira de Ciência, onde cada educador ficou responsável por uma turma. A turma de 9° ano, a qual ficou sob nossa responsabilidade, apresentou na feira, o trabalho com o tema: “História da Escola Santo Antônio”. Os alunos trabalharam na confecção da maquete da Escola, demonstração dos uniformes que foram utilizados no Santo Antônio, além de exposições orais e utilização de slides, conforme as fotos demonstradas abaixo.
ESCCOLA ESTADUAL DE
ENSINO MÉDIO FRANCISCA NOGUEIRA DA COSTA RAMOS
Na escola Francisca Ramos,
também fizemos o acompanhamento dos alunos em sala de aula, juntamente com o
professor Francisco Nogueira, responsável pelas turmas de História do 1° e 2°
ano- Manhã/Tarde, na respectiva escola.
Em ambas as turmas,
organizamos e preparamos os alunos para apresentação de seminários avaliativos,
que abordavam os conteúdos passados em sala de aula, referente a cada ano.
Nas turmas de 1° ano, os
conteúdos repassados foram basicamente: Grécia, Igreja na Baixa Idade média, A
Formação do Feudalismo entre outros.
Nas turmas de 2° ano,
abordamos os conteúdos sobre: Sociedades Indígenas, O trabalho na Lavoura
canavieira, Iluminismo, Revolução Industrial, Reformas Religiosas e Absolutismo.
Durante as preparações para os
seminários e exposições sobre os conteúdos, registramos alguns momentos em sala
de aula, conforme fotos abaixo.
1° ANO
2° ANO
Professor
Francisco Nogueira, Professor de História nas Escolas Santo Antônio e Francisca
Nogueira da Costa Ramos.
Slide - aula sobre Segunda Guerra Mundial
No link abaixo, um slide que pode ajudar em aula sobre a Segunda Guerra.
http://pt.slideshare.net/aridu18/segunda-guerra-56555570
http://pt.slideshare.net/aridu18/segunda-guerra-56555570
I Encontro PIBID Baião-Cametá: Metodologias e Práticas de Ensino em Sala de Aula
Desde a década de 1980, uma corrente da sociologia da educação formulou a ideia de que o saber acadêmico não é da mesma natureza que o saber escolar. Antes, acreditava-se que aquilo que era produzido cientificamente era vulgarizado até chegar na escola. A partir da renovação dos estudos educacionais, sobretudo com Yves Chevallard e André Chervel, o saber escolar passou a ser entendido como algo que é construído, acima de tudo, no chão da sala de aula. Em outras palavras, o saber escolar tem bastante margem de autonomia criativa em relação ao saber acadêmico, pois ele precisa se tornar um saber ensinável.
O I Encontro PIBID Baião-Cametá: Metodologias e Práticas de Ensino em Sala de Aula tratou, unica e exclusivamente, de saber escolar, da História ensinada. Quem é que tratou do assunto? Ora, aqueles que, desde 2014 estão produzindo saber escolar no chão da sala de aula, os bolsistas do PIBID. Foram realizadas três oficinas, nas quais os bolsistas propuseram abordagens teórico-metodológicas para o ensino de História.
Sobre o conceito de História ensinada, conferir http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/view/12075
Conferir, também, o importante texto de André Chervel: file:///D:/Downloads/dialogo-12619%20(1).pdf
Vídeo (em qualidade não muito boa) da oficina "Ensino de História: a utilização de paródias nas aulas de ensino fundamental e médio"
Oficina "Ensino de História: a utilização de paródias nas aulas de ensino fundamental e médio"
O I Encontro PIBID Baião-Cametá: Metodologias e Práticas de Ensino em Sala de Aula tratou, unica e exclusivamente, de saber escolar, da História ensinada. Quem é que tratou do assunto? Ora, aqueles que, desde 2014 estão produzindo saber escolar no chão da sala de aula, os bolsistas do PIBID. Foram realizadas três oficinas, nas quais os bolsistas propuseram abordagens teórico-metodológicas para o ensino de História.
Sobre o conceito de História ensinada, conferir http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/view/12075
Conferir, também, o importante texto de André Chervel: file:///D:/Downloads/dialogo-12619%20(1).pdf
Vídeo (em qualidade não muito boa) da oficina "Ensino de História: a utilização de paródias nas aulas de ensino fundamental e médio"
Oficina "Ensino de História: a utilização de paródias nas aulas de ensino fundamental e médio"
Imagens da oficina "Estratégias para o Ensino Fundamental: inteligências múltiplas, ensino para a diversidade e os princípios da Horaá Mutemet"
Abertura do evento
Simulação de debate jornalístico sobre redemocratização do Brasil
A estratégia de fazer com que os alunos simulem um debate foi repetidamente usada pela equipe do PIBID-História-Cametá-Baião durante 2015. Se repetimos a estratégia, é porque ela funcionou.
Trata-se de uma pequena variação de uma estratégia muito usada nas escola do Brasil, o seminário. Contudo, acreditamos que o seminário tende a gerar apresentações mais mecânicas, decoradas. Sabemos que o aluno é, de certa forma, acostumado a decorar o que leu e repetir mecanicamente. A estratégia de teatralizar um pouco mais a apresentação força o aluno a realizar uma pesquisa e uma leitura menos mecanicista e mais interpretativa.
O debate abaixo, no formato jornalístico, foi realizado por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente. O assunto é a redemocratização do Brasil a partir da década de 1980.
Trata-se de uma pequena variação de uma estratégia muito usada nas escola do Brasil, o seminário. Contudo, acreditamos que o seminário tende a gerar apresentações mais mecânicas, decoradas. Sabemos que o aluno é, de certa forma, acostumado a decorar o que leu e repetir mecanicamente. A estratégia de teatralizar um pouco mais a apresentação força o aluno a realizar uma pesquisa e uma leitura menos mecanicista e mais interpretativa.
O debate abaixo, no formato jornalístico, foi realizado por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente. O assunto é a redemocratização do Brasil a partir da década de 1980.
Hiroshima e Nagazaki ontem e hoje - simulação de entrevista com morador da localidade
É sempre importante fazer a relação com o tempo presente. A consciência história, segundo Jorn Rusen, é um processo mental comum a todos os seres humanos e não uma habilidade apenas dos historiadores profissionais. Ainda segundo Rusen, a consciência histórica é a característica humana de pautar suas ações presentes de acordo com uma representação do passado e tendo em vista mudanças para futuro.
Paulo Miceli disse que se o professor de história não frisar a importância dela para o tempo presente, ele irá perder de goleada a atenção dos alunos para o professor de ciências, pois "mais interessante ver surgir, lentamente, uma plantinha de um pedaço de algodão umedecido do que ouvir relatos sobre a formação e desintegração de grandes impérios. Parece e é, porque a plantinha, na sua modéstia, representa uma criação. É algo novo que surge à frente de quem aprende: cheira à vida, enquanto a História cheira a poeira, coisa velha e de pouca valia." Miceli defende a constante aproximação, em sala de aula, da história-estudo e da história-realidade, ou da história-vivida.
O vídeo abaixo, produzido por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente, é fruto de uma tentativa de tornar um pouco mais viva, para o tempo presente, a história de Hiroshima e Nagazaki, tão distante no planeta de Cametá. Não reparem na imagem da Guerra do Vietnã colocada erroneamente, pois ela não desautoriza o cerne da atividade.
Paulo Miceli disse que se o professor de história não frisar a importância dela para o tempo presente, ele irá perder de goleada a atenção dos alunos para o professor de ciências, pois "mais interessante ver surgir, lentamente, uma plantinha de um pedaço de algodão umedecido do que ouvir relatos sobre a formação e desintegração de grandes impérios. Parece e é, porque a plantinha, na sua modéstia, representa uma criação. É algo novo que surge à frente de quem aprende: cheira à vida, enquanto a História cheira a poeira, coisa velha e de pouca valia." Miceli defende a constante aproximação, em sala de aula, da história-estudo e da história-realidade, ou da história-vivida.
O vídeo abaixo, produzido por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente, é fruto de uma tentativa de tornar um pouco mais viva, para o tempo presente, a história de Hiroshima e Nagazaki, tão distante no planeta de Cametá. Não reparem na imagem da Guerra do Vietnã colocada erroneamente, pois ela não desautoriza o cerne da atividade.
Sobre Jorn Rusen, conferir: http://www.rbhe.sbhe.org.br/index.php/rbhe/article/view/8/10
A citação de Miceli foi extraída do livro "O Ensino de História e a Criação do Fato", organizado por Jaime Pinsky, publicado em várias edições pela Editora Contexto.
Público atento: a socialização e a valorização do trabalho dos alunos é essencial.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Vídeo-aula sobre a crise de 1929
Sugerir aos alunos que eles produzam vídeos é uma estratégia didática capaz de estimulá-los. Se muitos professores reclamam que estão perdendo a atenção dos alunos para os modernos aparelhos celulares, por que não usar os vilões, ou seja, os smartphones, a favor do ensino de História?
Alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente elaboraram uma vídeo-aula, ao estilo Telecurso 2000, sobre a crise de 1929.
Veja abaixo o resultado da atividade.
Alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente elaboraram uma vídeo-aula, ao estilo Telecurso 2000, sobre a crise de 1929.
Veja abaixo o resultado da atividade.
Equipe que realizou o trabalho
Bolsistas, professora supervisora e coordenador do projeto: trabalho coletivo
Sequência didática bimestral: período joanino, independência e primeiro reinado.
Abaixo, socializamos uma sequência didática elaborada pelos bolsistas PIBID em conjunto com alunos de estágio supervisionado em História da Faculdade de História da Amazônia Tocantina.
AULA 4 - EXPOSITIVA: O SENTIDO DA INDEPENDÊNCIA
Nessa sequência constam slides, textos de apoio e sugestões de atividades.
AULA 1 - EXPOSITIVA: CRONOLOGIA BÁSICA
AULA 2 - ATIVIDADE: LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DO BRASIL
COM DOCUMENTOS DE ÉPOCA
Instrução da atividade
Abaixo
seguem quatro documentos históricos escritos no tempo passado. Cada um desses
documentos históricos foi escrito em um período da história do Brasil. Você
precisa ler com atenção os documentos e identificar em que período histórico
ele foi escrito. Depois, recorte cada um dos documentos e monte uma linha do
tempo colocando na ordem correta os quatro principais períodos da história do
Brasil.
Esses
são os quatro períodos da história do Brasil, os quais estão fora de ordem,
pois é sua tarefa colocar eles em ordem:
-Brasil
Império
-Brasil
dos Indígenas
-Brasil
República
-Brasil
Colonial
Período
histórico:
“Meus queridos
brasileiros, e, muito especialmente, minhas queridas brasileiras.
Hoje é o Dia
Internacional da Mulher.
Falar com vocês mulheres
- minhas amigas e minhas iguais- é falar com o coração e a alma da nossa
grande nação.
Ninguém melhor do que uma
mãe, uma dona de casa, uma trabalhadora, uma empresária é capaz de sentir, em
profundidade, o momento que um país vive.
[...]
Com coragem e até sofrimento, o Brasil tem aprendido a praticar a
justiça social em favor dos mais pobres, como também aplicar duramente a mão da
justiça contra os corruptos. É isso, por exemplo, que vem acontecendo na
apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras.”
Período
histórico:
“Como
não têm nem querem ter comércio com os franceses, espanhóis e portugueses, nem
com outros povos transatlânticos, ignoram em que consistem as nossas
mercadorias. Entretanto, conforme vim a saber de um intérprete normando, quando
seus vizinhos os procuram e eles concordam em atendê-los, assim procedem: o
margaiá, o caraiá ou o tupinambá (assim se chamam as nações vizinhas), sem se
fiar no uetacá mostra-lhe de longe o que tem a mostrar-lhe, foice, faca, pente,
espelho ou qualquer outra bugiganga e pergunta-lhe por sinais se quer efetuar a
troca. Em concordando, o convidado exibe por sua vez plumas, pedras verdes que
coloca nos lábios, ou outros produtos de seu território. Combinam então o lugar
da troca, a 300 ou 400 pés de distância; aí o ofertante deposita o objeto da
permuta em cima de uma pedra ou pedaço de pau e afasta-se. O uetacá vai buscar
o objeto e deixa no mesmo lugar a coisa que mostrara, arredando-se igualmente,
a fim de que o margaiá ou quem quer que seja venha procurá-la. Enquanto isso se
passa são mantidos os compromissos assumidos. Feita, porém a troca, rompe-se a
trégua e apenas ultrapassados os limites do lugar fixado para a permuta procura
cada qual alcançar o outro a fim de arrebatar-lhe a mercadoria E parece-me
inútil dizer quem leva a melhor o mais das vezes, sendo os uetacá como se sabe
excelentes corredores.”
Período
histórico:
“Deixo
fomes, sedes, inclemências, solidões, perigos tantas vezes experimentados para
descobrir a El-Rei nosso senhor vários países tão ricos, e tão opulentos, que
hoje são as pedras, que com mais esplendor adornam a sua (sic) real diadema.
[...] e deva El-Rei nosso senhor aos de São Paulo adquirirem-lhe maiores
tesouros, para que enriquecidos e opulentos os seus vassalos neste continente,
possam com menos avareza e mais generosidade aumentar-se os seus erários com
mais quintos tão devidos pelas humanas leis, quanto pelas divinas; e para que
com maior rendimento destes sejam mais prontos os socorros no caso de irrupção
dos inimigos, como para que possa florescer mais o comércio, de que o ouro é o
nervo principal e o móvel sobre o que gira a afluência do rimeiro [...]”
Período
histórico:
“Brasileiros.
É chegada a hora de nossa regeneração política. Época em que malvados liberais
vão ser punidos de tão horrorosos crimes por eles perpetrados. (...)
Brasileiros. Estou à vossa frente com 3.800 heróis bem armados e municiados e
jamais retrogradarei meus passos sem que ainda no mais remoto canto do Brasil
não se respeite a religião de nossos pais e o Senhor D. Pedro I, em abono disto
quanto vos acabo de dizer, só recomendo que, se eu morrer, vingai-me com a
conclusão de nossa honra. Viva a Religião Católica Apostólica Romana de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Viva nosso adorado Imperador O Senhor D. Pedro I e sua
augusta Dinastia. Viva os bons fiéis brasileiros em geral, e, em particular, os
grandes habitantes de Jardim.”
RESPOSTAS
(APENAS PARA O PROFESSOR)
Atenção
professor, depois que os alunos montarem a linha do tempo, é importante
explicar o que é cada uma das fontes.
Fonte
do Brasil dos Indígenas
Jean de Léry, que foi um viajante francês que esteve
no Brasil durante o século XVI, na época dos “descobrimentos”.
JEAN DE LÉRY VIAGEM À TERRA DO BRASIL Tradução
integral e notas de SÉRGIO MILLIET segundo a edição de PAUL GAFFÁREL com o
Colóquio na língua brasílica e notas tupinológicas de PLÍNIO AYROSA BIBLIOTECA
DO EXÉRCITO — EDITORA 1961 [1578]
Fonte
do Brasil Colonial
Trata-se de um discurso daquele que foi nomeado pelo
rei de Portugal para governar a capitania de São Paulo em 1717, o Conde de
Assumar. O ouro já havia sido descoberto, e em breve um pedaço da capitania de São
Paulo iria se tornar outra capitania, a de Minas Gerais.
Documento I - Discurso de posse no governo de São
Paulo, feito aos 04/09/1717, de D. Pedro de Almeida, Conde de Assumar apud
SOUZA, Laura de Mello e. Norma e conflito. Belo Horizonte: UFMG, 1999, np. 35 e
39- 40.
Fonte
do Brasil Imperial
Trata-se de um pronunciamento de um líder, Pinto
Madeira, que fez uma rebelião em 1832 em Pernambuco pedindo que D. Pedro I, que
tinha abdicado em 1831, voltasse a ser imperador do Brasil.
CASA ANÍSIO BRITO (Instituto Histórico do Piauí),
(Livro n. 139-A, Joaquim Pinto Madeira, 1832, p. 132 e verso), apud. BRITO,
Sócrates Quintino da Fonseca. A Rebelião de Pinto Madeira, p. 50.
Fonte
do Brasil Republicano
Pronunciamento de Dilma de 8 de maio de 2015, no dia
das mulheres.
AULA 3 - ATIVIDADE: LINHA DO TEMPO DO BRASIL IMPÉRIO COM DOCUMENTOS
DE ÉPOCA
Instrução da Atividade
Abaixo, seguem
três períodos históricos da história do Brasil imperial. Porém, os períodos
estão embaralhados. Você precisa colocar eles em ordem. Recorte os períodos e
coloque eles em ordem.
Contudo, deixe,
entre um período e outro, um espaço grande. Por que deixar um espaço grande?
Porque você vai ter que identificar o acontecimento histórico que marca a
passagem de um período a outro. Você precisa ler um documento histórico,
escrito na época do Brasil imperial, e identificar qual foi o acontecimento que
ele representa e em que ano esse documento foi escrito.
Por fim, monte
uma linha do tempo na ordem correta, indicando quais são os acontecimentos que
demarcam a passagem de um período a outro.
PRIMEIRO REINADO
PERÍODO JOANINO
PERIODO REGENCIAL
Acontecimento
Ano
“No dia 29, às sete horas, a manhã estava
linda: uma brisa agradável soprava do quadrante leste fazendo com que os navios
portugueses deslizassem diretamente para fora do Tejo (...). Tivemos então a
profunda satisfação de ver nossas esperanças e perspectivas se realizarem
totalmente: toda a frota portuguesa se dispôs sob proteção de Sua Majestade,
enquanto disparava uma saudação recíproca de 21 salvas.”
Acontecimento
Ano
“ Usando do direito que a Constituição Me Concede
Declaro que Hei mui voluntariamente Abdicado na Pessoa de Meu muito Amado e
Prezado Filho o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista, sete de Abril de mil
oitocentos, e trinta, e hum décimo da Independência, e do Imperio.”
Pedro
Acontecimento
Ano
“Acabado que fosse o beija mão
[todos]puseram-se a caminho para os Paços do Conselho[... ]A sala estava
magnificamente adornada, e debaixo de um riquíssimo docel, o Retrato do Nosso
Querido, e Imortal Imperador. [Após a missa,
teve pregação quando o padre mostrou] as justas razões da nossa
Independência, e a necessidade da Aclamação do SENHOR D. PEDRO I IMPERADOR
CONSTITUCIONAL, E PERPETUO DEFENSOR DO BRASIL [...] Nas três noites sucessivas
houve iluminação geral, sendo notável que as luminárias se estendessem aos
subúrbios do Recife”
RESPOSTAS
(APENAS PARA O PROFESSOR)
Atenção
professor, depois que os alunos montarem a linha do tempo, é importante explicar
o que é cada uma das fontes.
Thomas O' Neil, tenente da
Marinha britânica, que participou da 'escolta' da corte portuguesa que fugiu de Lisboa rumo ao Rio de Janeiro. [1810]
extraído do site http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL197601-7084,00-DIARIO+RELATA+CAOS+E+EMOCAO+NA+FUGA+DA+CORTE+PORTUGUESA+PARA+O+BRASIL.html
O Conciliador Nacional,
n. 9 (23/janeiro/1823). Jornal pernambucano. Narra a aclamação do imperador D.
Pedro I, marco simbólico e importante do processo de independência, ocorrido no
final de 1822 no Rio de Janeiro e repetido nas províncias com o retrato do
Imperador.
Bilhete que o então Imperador do Brasil D. Pedro I entregou ao
major Miguel de Farias e Vasconcelos, comunicando que abdicava do trono do
Brasil. Extraído do site http://www.nethistoria.com.br/secao/documentos/1024/bilhete_da_abdicacao_de_d_pedro_i/
AULA 5 - ATIVIDADE: PRODUÇÃO TEXTUAL SOBRE O SENTIDO DA INDEPENDÊNCIA
ATIVIDADE
1º) De acordo com os
conhecimentos adquiridos e com a análise da imagem e do relato de Rugendas em
seu livro Viagem pitoresca através do
Brasil e do trecho extraído da constituição de 1824 sobre as eleições, que
seguem abaixo, produza um texto sobre as mudanças políticas, permanências
sociais e econômicas, que ocorreram na transição do período colonial para o
período imperial.
(Imagem extraída do livro de Rugendas, Viagem
pitoresca através do Brasil)
RUGENDAS
Em
sua passagem pelo Brasil durante o período imperial, Rugendas disse: “A raça
africana constitui uma parte tão grande da população dos países da América, e,
principalmente no Brasil, um elemento tão essencial da vida civil e das
relações sociais, que não teremos sem dúvida necessidade de desculpa-nos se,
embora conservando as necessárias proporções, consagrarmos grande parte desta
obra aos negros, a seus usos e a seus costumes” (RUGENDAS, 1835, P. 86).
Art. 90. As nomeações dos Deputados, e
Senadores para a Assembléa Geral, e dos Membros dos Conselhos Geraes das
Provincias, serão feitas por Eleições indirectas, elegendo a massa dos Cidadãos
activos em Assembléas Parochiaes os Eleitores de Provincia, e estes os
Representantes da Nação, e Provincia.
I. Os Cidadãos Brazileiros, que estão no gozo de seus direitos politicos.
II. Os Estrangeiros naturalisados.
I. Os menores de vinte e cinco annos, nos quaes se não comprehendem os casados,
e Officiaes Militares, que forem maiores de vinte e um annos, os Bachares
Formados, e Clerigos de Ordens Sacras.
II. Os filhos familias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se
servirem Officios publicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os Guardalivros, e
primeiros caixeiros das casas de commercio, os Criados da Casa Imperial, que
não forem de galão branco, e os administradores das fazendas ruraes, e
fabricas.
IV. Os Religiosos, e quaesquer, que vivam em Communidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda liquida annual cem mil réis por bens de raiz,
industria, commercio, ou Empregos.
Art. 93. Os que não podem votar nas Assembléas Primarias de
Parochia, não podem ser Membros, nem votar na nomeação de alguma Autoridade
electiva Nacional, ou local.
AULA 7 - EXPOSITIVA: PERÍODO JOANINO
AULA 8 - EXERCÍCIOS SOBRE O PERÍODO JOANINO
1) O mapa a seguir mostra a Europa Ocidental nos anos
iniciais do século XIX. A situação assinalada resultou na vinda da Corte
Portuguesa para o Brasil, em 1808. Portanto,
o mapa retrata que acontecimento ? Justifique sua resposta.
2) "O Rio de Janeiro é a capital do Brasil há bastante
tempo, muito antes de a família real deixar Lisboa. Traçarei uma breve
descrição dessa cidade a partir do que pude apurar durante a minha estada.
[...] O comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência
real [...] Os ingleses têm aberto muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade,
que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março de 1808, toda a
cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias.”
A descrição do inglês Thomas O Neill, uma pessoa que viveu
naquela época, destaca algumas das transformações ocorridas desde a chegada da
Corte portuguesa ao Rio de Janeiro no ano de 1808.
Explique por que, a partir da abertura dos portos (1808), ocorreu o
predomínio dos ingleses nas transações comerciais com o Brasil.
3) Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de reino unido
a Portugal e Algarves, o que dava a ex-colônia a condição política de igualdade
com a ex-metrópole. Essa medida agradou a elite brasileira e desagradou a
burguesia portuguesa. A partir destes aspectos responda por que a burguesia
portuguesa não aceitou a condição do Brasil como reino unido a Portugal e
Algarves?
4) Em abril de 1821, dom João retornou a Lisboa por causa
da revolução constitucionalista do Porto.E desde então, seu filho, dom Pedro,
se tornou o príncipe regente do Brasil. A elite brasileira, sem a presença do
rei, aproximava-se cada vez mais jovem príncipe, buscando um aliado na família
real portuguesa que impedisse a recolonização do Brasil. Com base no que foi
exposto cite quais medidas tomadas pela elite brasileira para evitar uma nova
colonização.
5) Com base na leitura do jornal “ REVERBERO: CONSTITUCIONAL
FLUMINENSE” de 1821, diga se o redator do jornal é a favor ou contra a
independencia do Brasil. Justifique sua resposta.
REDAÇÃO
CRIATIVA
O quadro “Rua Direita no Rio
de Janeiro”, de Johann Moritz Rugendas retrata que na sede da Corte Portuguesa,
formava-se uma sociedade bastante diversificada e desigual. Das 60 mil pessoas
que habitavam a cidade 12 mil eram africanos escravizados. Com base na
observação da imagem e dos conhecimentos adquiridos em sua formação, construa
um texto dissertativo abordando a questão escravista no Brasil nesse período.
Leia o texto a seguir para saber mais sobre o assunto.
INFLUÊNCIA AFRICANA NA CULTURA
BRASILEIRA
REIS, João José Reis. Resistência Escrava na Bahia. “Poderemos brincar, folgar e cantar...”: o protesto escravo na América. Revista Afro-Ásia, nº 14, p. 107-108, 1983.
Moleque, quiabo, fubá, caçula e angu. Cachaça,
dengoso, quitute, berimbau e maracatu. Todas essas palavras do vocabulário
brasileiro têm origem africana ou referem-se a alguma prática desenvolvida
pelos africanos escravizados que vieram para o Brasil durante o período
colonial e imperial. Elas expressam a grande influência africana que há
na cultura brasileira.
A existência da escravidão no Brasil
durante quase quatrocentos anos, além de ter constituído a base da economia
material da sociedade brasileira, influenciou também sua formação cultural.
A miscigenação entre africanos, indígenas e europeus é a base da formação
populacional do Brasil. Dessa forma, a matriz africana da sociedade tem uma
influência cultural que vai além do vocabulário.
O fato de as escravas africanas terem
sido responsáveis pela cozinha dos engenhos, fazendas e casas-grandes do campo
e da cidade permitiu a difusão da influência africana na alimentação.
São exemplos culinários da influência africana o vatapá, acarajé, pamonha,
mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África,
como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê.
No aspecto religioso os
africanos buscaram sempre manter suas tradições de acordo com os locais de onde
haviam saído do continente africano. Entretanto, a necessidade de aderirem ao
catolicismo levou diversos grupos de africanos a misturarem as religiões do
continente africano com o cristianismo europeu, processo conhecido como
sincretismo religioso. São exemplos de participação religiosa africana o
candomblé, a umbanda, a quimbanda e o catimbó.
Algumas divindades religiosas
africanas ligadas às forças da natureza ou a fatos do dia a dia foram
aproximadas a personagens do catolicismo. Por exemplo, Iemanjá, que para alguns
grupos étnicos africanos é a deusa das águas, no Brasil foi representada por
Nossa Senhora. Xangô, o senhor dos raios e tempestades, foi representado por
São Jerônimo.
O samba, afoxé, maracatu, congada,
lundu e a capoeira são exemplos da influência africana na música brasileira
que permanecem até os dias atuais. A música popular urbana no Brasil Imperial
teve nos escravos que trabalhavam como barbeiros em Salvador e Rio de Janeiro
uma de suas mais ricas expressões. Instrumentos como o tambor, atabaque,
cuíca, alguns tipos de flauta, marimba e o berimbau também são heranças
africanas que constituem parte da cultura brasileira. Cantos, como o
jongo, ou danças, como a umbigada, são também elementos culturais
provenientes dos africanos.
Historiadores como João José Reis
chegam a afirmar que essa cultura da diáspora negra, essa cultura dos africanos
saídos do continente, caracterizada pelo otimismo, pela coragem, musicalidade e
ousadia estética e política, foi incomparável no contexto da chamada
Civilização Ocidental. Como não foi fácil a vida em terras americanas,
precisando lutar para sobreviver, a criação cultural “com a expressão de
liberdade que a cultura negra possui” foi “um lutar dobrado” para imprimir na
cultura brasileira sua influência. [1]
AULA 9 - EXPOSITIVA: CONFEDERAÇÃO
DO EQUADOR
AULA 10 - ATIVIDADE :CONFEDERAÇÃO
DO EQUADOR
AULA 11 - CRISE DO PRIMEIRO REINADO
AULAS 12 A 20 - CARDÁPIO DE
ATIVIDADES
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