terça-feira, 13 de dezembro de 2016

SELEÇÃO DE BOLSISTAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) - PROVA ESCRITA


Abaetetuba, 5 de agosto de 2016
Nome do candidato:_____________________________________________________
1) (Fuvest 2012) “Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na 'preferência' pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse 'gênero de vida'; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa 'mercadoria'. Esse talvez seja o segredo da melhor 'adaptação' do negro à lavoura... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.” (Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado).
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:
a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.
2) (Fuvest 2009)  “Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.”
Flávio Arriano. “Anabasis Alexandri” (séc. I d.C.).
Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender:
a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.
b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região.
c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no Egito.
d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico.
e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre.

3) (FUVEST) Durante o período em que o Brasil foi Império houve, entre outros fenômenos, a 
a) consolidação da unidade territorial e a organização da diplomacia. 
b) predominância da cultura inglesa nos campos literário e das artes plásticas. 
c) constituição de um mercado interno nacional, integrando todas as regiões do país. 
d) incidência de guerras externas e a ausência de rebeliões internas nas províncias. 
e) inclusão social dos índios e a abolição da escravidão negra.

4) (FUVEST) “Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.” 
(Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527)

O texto remete diretamente 
a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos. 
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas. 
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária. 
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas. 
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima. 

5) (FUVEST) "... a morte da URSS foi a maior catástrofe geopolítica do século. No que se refere aos russos, ela se tornou uma verdadeira tragédia" (Vladimir Putin, presidente da Rússia, abril de 2005) 

"Para mim, o maior evento do século XX foi o colapso da URSS, que completou o processo de emancipação das nações" (Adam Rotfeld, chanceler da Polônia, abril de 2005) 

As duas declarações 

a) coincidem, a partir de pontos de vistas opostos, sobre a importância do desaparecimento da União Soviética. 
b) revelam que a Polônia, ao contrário da Rússia e dos demais ex-países do Pacto de Varsóvia, beneficiou-se com o fim da União Soviética. 
c) mostram ainda ser cedo para afirmar que o desaparecimento da União Soviética não foi historicamente importante. 
d) consideram que o fim da União Soviética, embora tenha sido uma tragédia, beneficiou russos e poloneses. 
e) indicam já ser possível afirmar, em caráter definitivo, que o fim da União Soviética foi o acontecimento mais importante da história. 

6) (ENEM 2015)
TEXTO I
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.


TEXTO II
Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional.
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da
a) manipulação e incompetência.
b) ignorância e solidariedade.
c) hesitação e obstinação.
d) esperança e valentia.
e) bravura e loucura.
7) (ENEM 2012) “Fugindo à luta de classes, a nossa organização sindical tem sido um instrumento de harmonia e de cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou a um sindicalismo puramente ‘operário’, que conduziria certamente a luta contra o ‘patrão’, como aconteceu com outros povos”

FALCÃO, W. Cartas Sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado).

Nesse documento oficial, à época do Estado Novo (1937-1945), é apresentada uma concepção de organização sindical que:

a) elimina conflitos no ambiente das fábricas.
b) limita os direitos associativos do segmento patronal.
c) orienta a busca do consenso entre trabalhadores e patrões.
d) proíbe o registro de estrangeiros nas entidades profissionais do país.
e) desobriga o Estado quanto aos direitos e deveres da classe trabalhadora.

8) Questão dissertativa
A partir da leitura do documento histórico abaixo disponibilizado, elabore uma instrução de atividade para alunos do sétimo ano do Ensino Fundamental maior.
Critérios de avaliação: criatividade, clareza, relevância para o desenvolvimento educativo do aluno e possibilidade de sucesso da atividade sugerida.
O relato abaixo foi escrito por Jean de Lery, francês que esteve no litoral sul-americano entre 1557 e 1558.

“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan. Uma vez um velho perguntou-me:  Por que vindes vós outros, maírs e pêros (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.  Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? — Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: Mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros.  Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente ara alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados"
(LERY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Editora do Exército, 1961 [1578]).

Atividade em grupo? Individual? Especifique?

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Quantas aulas para realizar a atividade?

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Haverá algum tipo de culminância? Explique de forma sintética.
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Instrução da atividade (direcionada aos alunos do sétimo ano)
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