quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Slide para aula sobre a primeira metade do século XX

http://pt.slideshare.net/aridu18/o-mundo-no-incio-do-sculo-xx-pibid

Proposta de redação criativa sobre Primeira Guerra Mundial

“Em alguns países como Alemanha, França e Itália, a poesia se fez presente durante os quatro anos que durou a Grande Guerra, em nenhum deles seu papel cultural foi tão marcante quanto na Inglaterra. Jornais diários e revistas semanais publicavam sistematicamente poemas dos mais diversos autores e, como que para comprovar essa importância, uma placa comemorativa com o nome de dezesseis deles foi instalada no Poet’s Corner da Abadia de Westminster, em 1985.”


            Soldados em uma trincheira  

Sabemos que um dos períodos mais sangrento e difíceis da Grande Guerra se deu nas trincheiras. Não podemos nos esquecer de quem estavam nessas trincheiras lutando, eram soldados que antes de serem soldados eram pessoas que tinham uma história de vida e que em algum momento foram recrutados para servia à nação em combate.


                      Com base na leitura, imagine que você é um soldado em plena guerra que, ferido, decide escrever um poema. Neste poema você pode abordar os seguintes temas:

·         Patriotismo;
·         Saudades do Lar;
·         Guerra, por quê, pra quê?
·         Entre outros.


Exemplo de um poema escrito por um soldado na Grande Guerra:

What passing-bells for these who die as cattle?
Only the monstrous anger of the guns.
Only the stuttering rifles' rapid rattle
Can patter out their hasty orisons. (...)



 Que sinos dobrarão por estes que assim morrem
como animais? Só a ira horrenda dos 
canhões. 
                                              Só o rápido estrondar dos fuzis gaguejantes
                                              deles dirá as apressadas orações. (...)
Wilfred Owen: morto no final da Guerra

REFERÊNCIAS EXTRAÍDAS DE:

Teatro sobre o golpe civil-militar de 1964, com ênfase na realidade da Amazônia Tocantina

Defendemos o teatro como um poderoso recurso didático, pois o aluno pode construir sua própria narrativa histórica sobre um determinado conteúdo, tendo em vista, tal como sugere Jorn Rusen, que a consciência história é sempre desenvolvida através de uma narrativa construída do passado.

Abaixo, segue o vídeo da peça produzida por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente. Um foco importante da atividade foi aproximar o golpe de 1964 ao contexto regional, isto é, a realidade da Amazônia Tocantina. 





Confira, abaixo, o roteiro produzido pelos alunos e que serviu de base para a teatralização. 

O Golpe Civil Militar de 1964 no Brasil
Narradora: bom dia senhoras e senhores, somos a 8ª série “a” da Nadir Valente e vamos apresentar agora um teatro que desenvolvemos junto ao projeto PIBID-História da UFPA, sobre o “Golpe Civil Militar de 1964”, conteúdo estudado em sala e que foi utilizado como tema para o teatro que vocês verão a seguir.
No teatro falaremos sobre o processo histórico e político brasileiro que aconteceu a pouco mais de 50 anos atrás, possivelmente, nossos pais e avós tenham vivenciado, a ditadura militar no Brasil em suas mazelas sociais, projetos de progresso e uso da repressão para os militares se manterem no poder.
É interessante sabermos nossa história, e é mais interessante ainda quando ela se materializa diante de nossos olhos de forma cômica ou trágica dando sentido a história que muitas vezes vemos como pronta e acabada, assim podemos criar novas possibilidades para refletir sobre a nossa história.
É o que tentamos fazer neste teatro, e esperamos contar com a atenção e participação de vocês, desde já, agradecemos a presença de todos.

1º. Ato: O GOLPE-Interação com o público
Cena 1:
(Vídeos e imagens da época da ditadura são passadas no telão, de repente o áudio e vídeo param, quando uma aluna do meio da plateia inicia sua fala).
        Aluna: Quantos de nós temos lembranças daquela época que o Brasil estava sob o poder dos militares? Será que eles ficaram por muito tempo no governo apenas pela sua força de repressão, ou eles tiveram apoio das classes populares? Mas como isso foi possível?
Eu pergunto a vocês, o período do governo militar foi bom? Foi ruim? Porquê hoje e dia muitos pedem para que a ditadura volte? (As luzes se apagam)
Narradora: Depois de ter vivenciado o período da ditadura militar (1964-1985) em seu governo autoritário, sofrido com as torturas físicas e repressões, duas colegas e suas famílias que viviam em São Paulo decidem mudar-se para Belém do Pará em 1980 para fugirem das repressões que aconteciam com mais evidência na capital paulista. Elas presenciaram os momentos de lutas e resistências do regime militar, e atualmente desfrutam da boa democracia do Brasil.
Depois de muito tempo sem se ver, elas se reencontram em uma lanchonete de Belém no ano 2000.
Colega 1: – Oi querida, quanto tempo que não nos víamos, como você está?
(Garçonete servindo a mesa)
Colega 2: – Eu vou bem desde a última vez que nos encontramos, quanta coisa mudou, não? Só de pensar tudo o que passamos nos tempos da ditadura... me dá um arrepio na espinha, ainda bem que hoje vivemos em uma república democrática. Podemos nos expressar livremente, sem ter ninguém nos vigiando e censurando.
(Uma senhora que passa ao lado da mesa e ouve a conversa fala)
Senhora: vocês só podem estar loucas (tom de sarcasmo), eu nunca vi um Brasil tão bom de se viver com nos tempo em que os militares governavam, não tinha baderna, não se via pouca vergonha nas ruas, e a economia do Brasil ...rum! nem se fala... é por isso que eu tenho saudades daqueles tempos e até gosto quando vejo estes garotos de hoje pedindo para voltar a ditadura. (slide com #voltaDitadura)
Narradora: neste momento, elas deparam-se com uma sena lamentável acontecendo do outro lado da rua.
Vendedora: mas senhores, eu não estou fazendo nada de errado! Estou apenas trabalhando honestamente para poder manter a mim e aos meus filhos.
Policial 1: isto não nos interessa! Você deveria saber que para trabalhar aqui no mínimo tem que apresentar o alvará de funcionamento.
Policial 2: pegue seus esses trapos que você vende e saia daqui, ou teremos que lhe prender por desacato à autoridade!
Vendedora: mas isso é injusto! (Chorando, a senhora começa a arrumar seus itens para se retirar)
Colega 1: (dirigindo-se para a senhora) Veja senhora, hoje em plena democracia os militares agem assim, agora pense no que eles não estavam fazendo naquele período?
Colega 2: eu sei que eles estão cumprindo as leis, mas deveriam oferecer um prazo para que a vendedora pudesse se organizar, e não trata-la daquela maneira bruta.
Colega 1: é desse tempo que você tem saudades?
Senhora: é verdade foi um tempo difícil mesmo, mas não devemos pensar só nisso. Pois se hoje a gente tem energia elétrica é por causa dos projetos em que os presidentes Castelo Branco, Médice e Geisel deram apoio à construção da Hidrelétrica de Tucuruí.
Eu bem lembro do tempo em que meu falecido marido contava de suas experiências de trabalho depois que o governo militar decidiu apoiar a construção da Hidrelétrica de Tucuruí, vocês não veem o quanto progresso eles trouxeram? Empregos, eletricidade... hum, só eles para botar o Brasil nos eixos novamente.


2º ATO: HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ- Choques de interesses entre empresa e povos indígenas
(Lembranças da senhora)
 (Slide e Áudio com o discurso do presidente ao progresso do Brasil)
Narradora:  no ano de 1975 durante o governo de Ernesto Geisel deu-se início ao processo de construção da Hidrelétrica de Tucuruí, pela ideia de segurança nacional em contemplar as áreas chamadas de “desabitadas”, como no caso da Amazônia, e também trazer o progresso para a sociedade brasileira gerando empregos para a região.
Houveram muitas imigrações para a região norte a procura de emprego na construção da Hidrelétrica, muitas famílias foram contempladas, mas as pessoas não imaginavam os problemas que a construção da Hidrelétrica traria. Os mais impactantes foram a devastação ambiental, e o prejuízo trazido às comunidades indígenas que habitavam as regiões próximas à hidrelétrica, sem dizer as doenças ocasionadas.
(As cortinas se abrem)
Cena 2: a construção da Hidrelétrica
Dono da empresa: senhores, nosso compromisso é trazer energia elétrica para a população brasileira, mas para isso precisamos derrubar os obstáculos.
Trabalhador 1: mas chefe, o que você chama de obstáculos?
Dono da empresa: tudo! Desde a natureza até os índios (risos) eles que procurem outro canto de mato para viverem, por que não vamos deixar o Brasil no atraso por causa deles. Vamos botar esta floresta no chão!
Trabalhador 2: é! Eles que procurem outro canto de mato para viverem, pois nós precisamos trabalhar, e alimentar nossas mulheres e filhos!
(As cortinas se fecham)
Cena 3:
Narradora: a noite, ao chegar em casa, depois cinco meses de trabalho, um dos trabalhadores conta a sua família suas experiências na construção da Hidrelétrica de Tucuruí.
(Todos à mesa jantando)
Pai: ah... Minhas queridas, eu espero que os militares continuem no governo do Brasil, pois se for assim, vamos nos tornar um país de primeiro mundo.
Pai: vocês acreditam que um bando de índios queriam interromper o nosso trabalho? Mas não deixamos, eles tiveram que sair de lá, ou teriam que ocupar um lugarzinho no céu (risos).
Filha: mas papai, é certo tirar os índios de suas casas? Pra onde eles vão? E por que estão fazendo isso com eles?
Mãe: minha filha, você não entende! Eles podem achar outro lugar de mato pra viverem, mas nós precisamos disso, se não fosse assim nós não estaríamos aqui, com casa e comida. E lembre-se, seu pai precisa trabalhar.
(Fecham-se as cortinas)
Narradora: alguns anos após ter iniciado a construção da Hidrelétrica, houve um surto de malária em consequência ao desmatamento e exploração das terras amazônicas sem planejamento e suporte, muitos foram contaminados pela doença e acabaram por falecer.
(Pai de família muito doente em leito de morte)
Pai: (deitado) acho que meu papel de pai foi cumprido, pude ter uma vida digna e honesta de trabalho, trabalhei muito, e agradeço a Deus por tudo que os militares estão fazendo por nós, posso morrer em paz.
Mãe: não diga isso, ainda temos muito o que viver deste país maravilhoso.
Pai: é verdade, mas eu já não tenho forças para trabalhar, nem para viver e para mim foi uma honra ter contribuído para este progresso. (Dizer estas últimas palavras devagarinho e fechando os olhos)
Filha: papai? Papai??? Não!
(Mãe e filha choram a triste perda)
Mãe: ele fez o possível por nós minha filha, foi um grande homem.
Filha: mas eu não aceito isso, mãe! Essa doença maldita não podia ter levado meu pai...
Cena 4: de volta à lanchonete
Colega 1: senhora, você tem consciência das consequências que o dito progresso implantado pelos militares trouxeram?
Colega 2: você percebe que os indígenas, assim como você também tinham necessidades de viver e se alimentar dignamente? E que suas vidas foram modificadas sem ninguém pedir a eles sua opinião? Em nome do progresso.
Colega 1: nós sabemos que hoje precisamos de energia elétrica para vivermos bem, mas devemos saber que isto que hoje temos, custou caro a algumas pessoas.
Senhora: inclusive meu marido (fala com tristeza), pois foi por causa da malária que ele faleceu. Agora fiquei imaginando o quanto os as famílias indígenas devem ter sofrido com tudo isso.
Senhora: a ditadura militar trouxe avanços, mas também desgraças.
Colega 1: e tudo isso podia ter sido diferente se não fosse a ambição por controlar o Brasil por parte dos militares.
Colega 2: verdade, pois nesses conflitos, muitas vidas inocentes foram tiradas, e muitos pagaram pelos atos de outros.
Reflexão:
Aluna: cabe a nós percebermos e refletirmos sobre o período do Regime militar, sabemos muito sobre as repressões, exílios e mortes, mas não paramos para imaginar como as pessoas estavam envolvidas neste processo, qual o papel dos povos indígenas, das famílias, enfim, dos avanços, progressos, devastações e consequências.
Será que hoje em dia a ditadura seria proveitosa?
Abriríamos mão da democracia para sermos submetidos a repressões em nome do progresso?
São fatores que não dizem respeito a nós mesmos, mas à sociedade brasileira. Como nos comportaríamos diante de circunstâncias que passam por cima dos nossos direitos de cidadãos?
Saberíamos viver?
Saberíamos nos expressar?
Saberíamos entender?
(para finalizar, slides com música e vídeo sobre a ditadura)
Narradora: bom gente, este foi o teatro apresentado pela 8ª série “A”, sobre o perído da ditadura militar no Brasil, onde buscamos mostrar alguns dos motivos pelo qual os militares permaneceram no poder. E entender isto de acordo com a realidade histórica paraense. O teatro foi elencado por:
Daniele Rodrigues
Giovanna Victória Rodrigues
Tayse Pinto
Mayara Silva
Irla Cardoso
Camila Silva
Jéssica de Jesus
Emanuelly Vidal

Esperamos que vocês tenham gostado. Uma salva de palmas. (Fecham-se as cortinas)

História em quadrinhos como estratégia didática para construir uma narrativa histórica

Sugerir que os alunos confeccionem uma história em quadrinhos para construir sua própria narrativa histórica sobre um determinado conteúdo é uma estratégia interessante.

O exemplo que mostraremos abaixo foi fruto de uma atividade sugerida na "Sequência didática bimestral: período joanino, independência e primeiro reinado". Veja, nessa outra postagem que fizemos anteriormente, o cardápio de atividades sugerido para aulas de 12 a 20. Dentro desse cardápio, sugerimos ao aluno que contasse, de forma resumida, em um história com 8 quadrinhos, a Confederação do Equador. 

O produto que mostraremos abaixo é fruto de um dos grandes problemas da educação brasileira: o excesso de cópia. Está comprovado, por pesquisas, que o aluno brasileiro passa um enorme tempo copiando do quadro pro caderno, ou do livro didático pro caderno, sem nenhum objetivo pedagógico. Dessa forma, o professor ocupa o tempo de aluno e não tem dor de cabeça. A cópia ocupa e acalma os alunos, cheios de energia vital. Muitos alunos brasileiros perdem 12 anos da sua vida copiando mecanicamente. Dos 6 aos 17 anos de idade, ele copia muito. Muitas vezes, a cópia é virtual, "ctrl c" e "ctrl v". É muito comum o professor brasileiro pedir um trabalho de pesquisa, sendo que o aluno apenas acha algo no Google, imprime e entrega. Trata-se de um prática cotidiana, algo feito todo dia, durante 12 anos. Essa prática vicia. 

Entendemos que o teor da história em quadrinhos exposta abaixo é, em grande parte, resultado desse processo em que o aluno perde a capacidade criativa. O aluno, que passa por esse processo perverso e do qual ele não tem culpa, vicia-se em copiar e colar trechos do livro. No exemplo abaixo, o aluno, do Ensino Médio, ainda elaborou com suas próprias palavras muitas frases. Não se trata de um exemplo extremo, mas é sintomático de uma prática pedagógica profundamente arraigada. 

Sobre a copia em sala de aula, conferir: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/copia-tempo-perdido-didatica-alfabetizacao-leitura-producao-texto-529070.shtml 



Cardápio de atividades sobre liberalismo econômico e socialismo

No link abaixo, um cardápio de atividades em grupo para propor a turma. É recomendável que as atividades propostas sejam realizadas após algumas aulas sintetizando os principais aspectos do liberalismo econômico e do socialismo, bem como as principais ideias de Karl Marx e Adam Smith. É recomendável, também, a seleção de um bom material bibliográfico de apoio para os alunos aprofundarem a discussão do tema.

Trazer o tema para o tempo presente, opondo o governo Lula, mais estatista, e o governo FHC, neoliberal, é uma outra estratégia importante. Trata-se de um discussão extremamente contemporânea. Uma pessoa não consegue ler o mundo atual sem entender, sinteticamente, os principais aspectos dessa oposição.


Atividade voltada para alunos do Ensino Médio ou Fundamental.

http://pt.slideshare.net/aridu18/cardpio-de-atividades-liberalismo-econmico-e-socialismo

Atividades desenvolvidas em Baião durante 2015

Segue um breve relato do Projeto PIBID, desenvolvido nas Escolas “Francisca Nogueira da Costa Ramos”, de Ensino Médio e “Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio”, no ano de 2015.
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUDAMENTAL SANTO ANTÔNIO
Na escola, fizemos o acompanhamento dos alunos em sala de aula, juntamente com o Professor Francisco Nogueira, responsável pelas aulas de história da escola. Auxiliamos nas aulas, nas atividades avaliativas, correção de provas e trabalhos. Dentre os assuntos abordados ao longo do projeto, foi estudado sobre Revolução Industrial, A Primeira Guerra Mundial, A vinda da família Real para o Brasil, República, e entre outros, distribuídos entre o 6° a 9° ano.


Além dos conteúdos administrados em sala de aula juntamente com o professor, foi realizado na Escola, uma Feira de Ciência, onde cada educador ficou responsável por uma turma. A turma de 9° ano, a qual ficou sob nossa responsabilidade, apresentou na feira, o trabalho com o tema: “História da Escola Santo Antônio”. Os alunos trabalharam na confecção da maquete da Escola, demonstração dos uniformes que foram utilizados no Santo Antônio, além de exposições orais e utilização de slides, conforme as fotos demonstradas abaixo.





ESCCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO FRANCISCA NOGUEIRA DA COSTA RAMOS
Na escola Francisca Ramos, também fizemos o acompanhamento dos alunos em sala de aula, juntamente com o professor Francisco Nogueira, responsável pelas turmas de História do 1° e 2° ano- Manhã/Tarde, na respectiva escola.
Em ambas as turmas, organizamos e preparamos os alunos para apresentação de seminários avaliativos, que abordavam os conteúdos passados em sala de aula, referente a cada ano.
Nas turmas de 1° ano, os conteúdos repassados foram basicamente: Grécia, Igreja na Baixa Idade média, A Formação do Feudalismo entre outros.
Nas turmas de 2° ano, abordamos os conteúdos sobre: Sociedades Indígenas, O trabalho na Lavoura canavieira, Iluminismo, Revolução Industrial, Reformas Religiosas e Absolutismo.
Durante as preparações para os seminários e exposições sobre os conteúdos, registramos alguns momentos em sala de aula, conforme fotos abaixo.
1° ANO



2° ANO



Professor Francisco Nogueira, Professor de História nas Escolas Santo Antônio e Francisca Nogueira da Costa Ramos.

Slide - aula sobre Segunda Guerra Mundial

No link abaixo, um slide que pode ajudar em aula sobre a Segunda Guerra.

http://pt.slideshare.net/aridu18/segunda-guerra-56555570

I Encontro PIBID Baião-Cametá: Metodologias e Práticas de Ensino em Sala de Aula

Desde a década de 1980, uma corrente da sociologia da educação formulou a ideia de que o saber acadêmico não é da mesma natureza que o saber escolar. Antes, acreditava-se que aquilo que era produzido cientificamente era vulgarizado até chegar na escola. A partir da renovação dos estudos educacionais, sobretudo com Yves Chevallard e André Chervel, o saber escolar passou a ser entendido como algo que é construído, acima de tudo, no chão da sala de aula. Em outras palavras, o saber escolar tem bastante margem de autonomia criativa em relação ao saber acadêmico, pois ele precisa se tornar um saber ensinável.


I Encontro PIBID Baião-Cametá: Metodologias e Práticas de Ensino em Sala de Aula tratou, unica e exclusivamente, de saber escolar, da História ensinada. Quem é que tratou do assunto? Ora, aqueles que, desde 2014 estão produzindo saber escolar no chão da sala de aula, os bolsistas do PIBID. Foram realizadas três oficinas, nas quais os bolsistas propuseram abordagens teórico-metodológicas para o ensino de História.

Sobre o conceito de História ensinada, conferir http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/view/12075

Conferir, também, o importante texto de André Chervel: file:///D:/Downloads/dialogo-12619%20(1).pdf



Vídeo (em qualidade não muito boa) da oficina "Ensino de História: a utilização de paródias nas aulas de ensino fundamental e médio"


Oficina "Ensino de História: a utilização de paródias nas aulas de ensino fundamental e médio"





Imagens da oficina "Estratégias para o Ensino Fundamental: inteligências múltiplas, ensino para a diversidade e os princípios da Horaá Mutemet"





Abertura do evento


Simulação de debate jornalístico sobre redemocratização do Brasil

A estratégia de fazer com que os alunos simulem um debate foi repetidamente usada pela equipe do PIBID-História-Cametá-Baião durante 2015. Se repetimos a estratégia, é porque ela funcionou.

Trata-se de uma pequena variação de uma estratégia muito usada nas escola do Brasil, o seminário. Contudo, acreditamos que o seminário tende a gerar apresentações mais mecânicas, decoradas. Sabemos que o aluno é, de certa forma, acostumado a decorar o que leu e repetir mecanicamente. A estratégia de teatralizar um pouco mais a apresentação força o aluno a realizar uma pesquisa e uma leitura menos mecanicista e mais interpretativa.

O debate abaixo, no formato jornalístico, foi realizado por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente. O assunto é a redemocratização do Brasil a partir da década de 1980.



Hiroshima e Nagazaki ontem e hoje - simulação de entrevista com morador da localidade

É sempre importante fazer a relação com o tempo presente. A consciência história, segundo Jorn Rusen, é um processo mental comum a todos os seres humanos e não uma habilidade apenas dos historiadores profissionais. Ainda segundo Rusen, a consciência histórica é a característica humana de pautar suas ações presentes de acordo com uma representação do passado e tendo em vista mudanças para futuro.

Paulo Miceli disse que se o professor de história não frisar a importância dela para o tempo presente, ele irá perder de goleada a atenção dos alunos para o professor de ciências, pois "mais interessante ver surgir, lentamente, uma plantinha de um pedaço de algodão umedecido do que ouvir relatos sobre a formação e desintegração de grandes impérios. Parece e é, porque a plantinha, na sua modéstia, representa uma criação. É algo novo que surge à frente de quem aprende: cheira à vida, enquanto a História cheira a poeira, coisa velha e de pouca valia." Miceli defende a constante aproximação, em sala de aula, da história-estudo e da história-realidade, ou da história-vivida.

O vídeo abaixo, produzido por alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente, é fruto de uma tentativa de tornar um pouco mais viva, para o tempo presente, a história de Hiroshima e Nagazaki, tão distante no planeta de Cametá. Não reparem na imagem da Guerra do Vietnã colocada erroneamente, pois ela não desautoriza o cerne da atividade.



 e                    file:///D:/Downloads/279-894-1-PB%20(1).pdf


A citação de Miceli foi extraída do livro "O Ensino de História e a Criação do Fato", organizado por Jaime Pinsky, publicado em várias edições pela Editora Contexto. 






Público atento: a socialização e a valorização do trabalho dos alunos é essencial. 





terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Vídeo-aula sobre a crise de 1929

Sugerir aos alunos que eles produzam vídeos é uma estratégia didática capaz de estimulá-los. Se muitos professores reclamam que estão perdendo a atenção dos alunos para os modernos aparelhos celulares, por que não usar os vilões, ou seja, os smartphones, a favor do ensino de História?

Alunos do nono ano da Escola Municipal Nadir Valente elaboraram uma vídeo-aula, ao estilo Telecurso 2000, sobre a crise de 1929.

Veja abaixo o resultado da atividade.


Equipe que realizou o trabalho

Bolsistas, professora supervisora e coordenador do projeto: trabalho coletivo


Sequência didática bimestral: período joanino, independência e primeiro reinado.

Abaixo, socializamos uma sequência didática elaborada pelos bolsistas PIBID em conjunto com alunos de estágio supervisionado em História da Faculdade de História da Amazônia Tocantina. 

Nessa sequência constam slides, textos de apoio e sugestões de atividades. 

AULA 1 - EXPOSITIVA: CRONOLOGIA BÁSICA


AULA 2 - ATIVIDADE: LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DO BRASIL COM DOCUMENTOS DE ÉPOCA

Instrução da atividade
Abaixo seguem quatro documentos históricos escritos no tempo passado. Cada um desses documentos históricos foi escrito em um período da história do Brasil. Você precisa ler com atenção os documentos e identificar em que período histórico ele foi escrito. Depois, recorte cada um dos documentos e monte uma linha do tempo colocando na ordem correta os quatro principais períodos da história do Brasil.

Esses são os quatro períodos da história do Brasil, os quais estão fora de ordem, pois é sua tarefa colocar eles em ordem:
-Brasil Império
-Brasil dos Indígenas
-Brasil República
-Brasil Colonial


Período histórico:


“Meus queridos brasileiros, e, muito especialmente, minhas queridas brasileiras.
Hoje é o Dia Internacional da Mulher.
Falar com vocês mulheres - minhas amigas e minhas iguais-  é falar com o coração e a alma da nossa grande nação.
Ninguém melhor do que uma mãe, uma dona de casa, uma trabalhadora, uma empresária é capaz de sentir, em profundidade, o momento que um país vive.
[...]
Com coragem e até sofrimento, o Brasil tem aprendido a praticar a justiça social em favor dos mais pobres, como também aplicar duramente a mão da justiça contra os corruptos. É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras.”







 Período histórico:



“Como não têm nem querem ter comércio com os franceses, espanhóis e portugueses, nem com outros povos transatlânticos, ignoram em que consistem as nossas mercadorias. Entretanto, conforme vim a saber de um intérprete normando, quando seus vizinhos os procuram e eles concordam em atendê-los, assim procedem: o margaiá, o caraiá ou o tupinambá (assim se chamam as nações vizinhas), sem se fiar no uetacá mostra-lhe de longe o que tem a mostrar-lhe, foice, faca, pente, espelho ou qualquer outra bugiganga e pergunta-lhe por sinais se quer efetuar a troca. Em concordando, o convidado exibe por sua vez plumas, pedras verdes que coloca nos lábios, ou outros produtos de seu território. Combinam então o lugar da troca, a 300 ou 400 pés de distância; aí o ofertante deposita o objeto da permuta em cima de uma pedra ou pedaço de pau e afasta-se. O uetacá vai buscar o objeto e deixa no mesmo lugar a coisa que mostrara, arredando-se igualmente, a fim de que o margaiá ou quem quer que seja venha procurá-la. Enquanto isso se passa são mantidos os compromissos assumidos. Feita, porém a troca, rompe-se a trégua e apenas ultrapassados os limites do lugar fixado para a permuta procura cada qual alcançar o outro a fim de arrebatar-lhe a mercadoria E parece-me inútil dizer quem leva a melhor o mais das vezes, sendo os uetacá como se sabe excelentes corredores.”




Período histórico:



“Deixo fomes, sedes, inclemências, solidões, perigos tantas vezes experimentados para descobrir a El-Rei nosso senhor vários países tão ricos, e tão opulentos, que hoje são as pedras, que com mais esplendor adornam a sua (sic) real diadema. [...] e deva El-Rei nosso senhor aos de São Paulo adquirirem-lhe maiores tesouros, para que enriquecidos e opulentos os seus vassalos neste continente, possam com menos avareza e mais generosidade aumentar-se os seus erários com mais quintos tão devidos pelas humanas leis, quanto pelas divinas; e para que com maior rendimento destes sejam mais prontos os socorros no caso de irrupção dos inimigos, como para que possa florescer mais o comércio, de que o ouro é o nervo principal e o móvel sobre o que gira a afluência do rimeiro [...]”





Período histórico:



“Brasileiros. É chegada a hora de nossa regeneração política. Época em que malvados liberais vão ser punidos de tão horrorosos crimes por eles perpetrados. (...) Brasileiros. Estou à vossa frente com 3.800 heróis bem armados e municiados e jamais retrogradarei meus passos sem que ainda no mais remoto canto do Brasil não se respeite a religião de nossos pais e o Senhor D. Pedro I, em abono disto quanto vos acabo de dizer, só recomendo que, se eu morrer, vingai-me com a conclusão de nossa honra. Viva a Religião Católica Apostólica Romana de Nosso Senhor Jesus Cristo. Viva nosso adorado Imperador O Senhor D. Pedro I e sua augusta Dinastia. Viva os bons fiéis brasileiros em geral, e, em particular, os grandes habitantes de Jardim.”


RESPOSTAS (APENAS PARA O PROFESSOR)

Atenção professor, depois que os alunos montarem a linha do tempo, é importante explicar o que é cada uma das fontes.

Fonte do Brasil dos Indígenas
Jean de Léry, que foi um viajante francês que esteve no Brasil durante o século XVI, na época dos “descobrimentos”.
JEAN DE LÉRY VIAGEM À TERRA DO BRASIL Tradução integral e notas de SÉRGIO MILLIET segundo a edição de PAUL GAFFÁREL com o Colóquio na língua brasílica e notas tupinológicas de PLÍNIO AYROSA BIBLIOTECA DO EXÉRCITO — EDITORA 1961 [1578]

Fonte do Brasil Colonial
Trata-se de um discurso daquele que foi nomeado pelo rei de Portugal para governar a capitania de São Paulo em 1717, o Conde de Assumar. O ouro já havia sido descoberto, e em breve um pedaço da capitania de São Paulo iria se tornar outra capitania, a de Minas Gerais.
Documento I - Discurso de posse no governo de São Paulo, feito aos 04/09/1717, de D. Pedro de Almeida, Conde de Assumar apud SOUZA, Laura de Mello e. Norma e conflito. Belo Horizonte: UFMG, 1999, np. 35 e 39- 40.

Fonte do Brasil Imperial
Trata-se de um pronunciamento de um líder, Pinto Madeira, que fez uma rebelião em 1832 em Pernambuco pedindo que D. Pedro I, que tinha abdicado em 1831, voltasse a ser imperador do Brasil.
CASA ANÍSIO BRITO (Instituto Histórico do Piauí), (Livro n. 139-A, Joaquim Pinto Madeira, 1832, p. 132 e verso), apud. BRITO, Sócrates Quintino da Fonseca. A Rebelião de Pinto Madeira, p. 50.

Fonte do Brasil Republicano
Pronunciamento de Dilma de 8 de maio de 2015, no dia das mulheres. 


AULA 3 - ATIVIDADE: LINHA DO TEMPO DO BRASIL IMPÉRIO COM DOCUMENTOS DE ÉPOCA
Instrução da Atividade
Abaixo, seguem três períodos históricos da história do Brasil imperial. Porém, os períodos estão embaralhados. Você precisa colocar eles em ordem. Recorte os períodos e coloque eles em ordem.
Contudo, deixe, entre um período e outro, um espaço grande. Por que deixar um espaço grande? Porque você vai ter que identificar o acontecimento histórico que marca a passagem de um período a outro. Você precisa ler um documento histórico, escrito na época do Brasil imperial, e identificar qual foi o acontecimento que ele representa e em que ano esse documento foi escrito.

Por fim, monte uma linha do tempo na ordem correta, indicando quais são os acontecimentos que demarcam a passagem de um período a outro.

PRIMEIRO REINADO

PERÍODO JOANINO

PERIODO REGENCIAL


Acontecimento

Ano


 “No dia 29, às sete horas, a manhã estava linda: uma brisa agradável soprava do quadrante leste fazendo com que os navios portugueses deslizassem diretamente para fora do Tejo (...). Tivemos então a profunda satisfação de ver nossas esperanças e perspectivas se realizarem totalmente: toda a frota portuguesa se dispôs sob proteção de Sua Majestade, enquanto disparava uma saudação recíproca de 21 salvas.”




Acontecimento

Ano


 “ Usando do direito que a Constituição Me Concede Declaro que Hei mui voluntariamente Abdicado na Pessoa de Meu muito Amado e Prezado Filho o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista, sete de Abril de mil oitocentos, e trinta, e hum décimo da Independência, e do Imperio.”
                      Pedro

Acontecimento

Ano


 “Acabado que fosse o beija mão [todos]puseram-se a caminho para os Paços do Conselho[... ]A sala estava magnificamente adornada, e debaixo de um riquíssimo docel, o Retrato do Nosso Querido, e Imortal Imperador. [Após a missa,  teve pregação quando o padre mostrou] as justas razões da nossa Independência, e a necessidade da Aclamação do SENHOR D. PEDRO I IMPERADOR CONSTITUCIONAL, E PERPETUO DEFENSOR DO BRASIL [...] Nas três noites sucessivas houve iluminação geral, sendo notável que as luminárias se estendessem aos subúrbios do Recife”



RESPOSTAS (APENAS PARA O PROFESSOR)

Atenção professor, depois que os alunos montarem a linha do tempo, é importante explicar o que é cada uma das fontes.

Thomas O' Neil, tenente da Marinha britânica, que participou da 'escolta' da corte portuguesa  que fugiu de Lisboa rumo ao Rio de Janeiro. [1810] extraído do site http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL197601-7084,00-DIARIO+RELATA+CAOS+E+EMOCAO+NA+FUGA+DA+CORTE+PORTUGUESA+PARA+O+BRASIL.html



O Conciliador Nacional, n. 9 (23/janeiro/1823). Jornal pernambucano. Narra a aclamação do imperador D. Pedro I, marco simbólico e importante do processo de independência, ocorrido no final de 1822 no Rio de Janeiro e repetido nas províncias com o retrato do Imperador.

Bilhete que o então Imperador do Brasil D. Pedro I entregou ao major Miguel de Farias e Vasconcelos, comunicando que abdicava do trono do Brasil. Extraído do site http://www.nethistoria.com.br/secao/documentos/1024/bilhete_da_abdicacao_de_d_pedro_i/


AULA 4 - EXPOSITIVA: O SENTIDO DA INDEPENDÊNCIA


AULA 5 - ATIVIDADE: PRODUÇÃO TEXTUAL SOBRE O SENTIDO DA INDEPENDÊNCIA

ATIVIDADE
1º) De acordo com os conhecimentos adquiridos e com a análise da imagem e do relato de Rugendas em seu livro Viagem pitoresca através do Brasil e do trecho extraído da constituição de 1824 sobre as eleições, que seguem abaixo, produza um texto sobre as mudanças políticas, permanências sociais e econômicas, que ocorreram na transição do período colonial para o período imperial.

(Imagem extraída do livro de Rugendas, Viagem pitoresca através do Brasil)

RUGENDAS
Em sua passagem pelo Brasil durante o período imperial, Rugendas disse: “A raça africana constitui uma parte tão grande da população dos países da América, e, principalmente no Brasil, um elemento tão essencial da vida civil e das relações sociais, que não teremos sem dúvida necessidade de desculpa-nos se, embora conservando as necessárias proporções, consagrarmos grande parte desta obra aos negros, a seus usos e a seus costumes” (RUGENDAS, 1835, P. 86).

 CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1824
    Art. 90. As nomeações dos Deputados, e Senadores para a Assembléa Geral, e dos Membros dos Conselhos Geraes das Provincias, serão feitas por Eleições indirectas, elegendo a massa dos Cidadãos activos em Assembléas Parochiaes os Eleitores de Provincia, e estes os Representantes da Nação, e Provincia.
        Art. 91. Têm voto nestas Eleições primarias
        I. Os Cidadãos Brazileiros, que estão no gozo de seus direitos politicos.
        II. Os Estrangeiros naturalisados.
        Art. 92. São excluidos de votar nas Assembléas Parochiaes.
        I. Os menores de vinte e cinco annos, nos quaes se não comprehendem os casados, e Officiaes Militares, que forem maiores de vinte e um annos, os Bachares Formados, e Clerigos de Ordens Sacras.
        II. Os filhos familias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem Officios publicos.
        III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os Guardalivros, e primeiros caixeiros das casas de commercio, os Criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das fazendas ruraes, e fabricas.
        IV. Os Religiosos, e quaesquer, que vivam em Communidade claustral.
        V. Os que não tiverem de renda liquida annual cem mil réis por bens de raiz, industria, commercio, ou Empregos.
        Art. 93. Os que não podem votar nas Assembléas Primarias de Parochia, não podem ser Membros, nem votar na nomeação de alguma Autoridade electiva Nacional, ou local.


AULA 7 - EXPOSITIVA: PERÍODO JOANINO

AULA 8 - EXERCÍCIOS SOBRE O PERÍODO JOANINO

1) O mapa a seguir mostra a Europa Ocidental nos anos iniciais do século XIX. A situação assinalada resultou na vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808. Portanto, o mapa retrata que acontecimento ? Justifique sua resposta.



2) "O Rio de Janeiro é a capital do Brasil há bastante tempo, muito antes de a família real deixar Lisboa. Traçarei uma breve descrição dessa cidade a partir do que pude apurar durante a minha estada. [...] O comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência real [...] Os ingleses têm aberto muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade, que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março de 1808, toda a cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias.”
A descrição do inglês Thomas O Neill, uma pessoa que viveu naquela época, destaca algumas das transformações ocorridas desde a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro no ano de 1808.
 Explique por que, a partir da abertura dos portos (1808), ocorreu o predomínio dos ingleses nas transações comerciais com o Brasil.

3) Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de reino unido a Portugal e Algarves, o que dava a ex-colônia a condição política de igualdade com a ex-metrópole. Essa medida agradou a elite brasileira e desagradou a burguesia portuguesa. A partir destes aspectos responda por que a burguesia portuguesa não aceitou a condição do Brasil como reino unido a Portugal e Algarves?
4) Em abril de 1821, dom João retornou a Lisboa por causa da revolução constitucionalista do Porto.E desde então, seu filho, dom Pedro, se tornou o príncipe regente do Brasil. A elite brasileira, sem a presença do rei, aproximava-se cada vez mais jovem príncipe, buscando um aliado na família real portuguesa que impedisse a recolonização do Brasil. Com base no que foi exposto cite quais medidas tomadas pela elite brasileira para evitar uma nova colonização.
   5) Com base na leitura do jornal “ REVERBERO: CONSTITUCIONAL FLUMINENSE” de          1821, diga se o redator do jornal é a favor ou contra a independencia do Brasil. Justifique         sua    resposta.







REDAÇÃO CRIATIVA



O quadro “Rua Direita no Rio de Janeiro”, de Johann Moritz Rugendas retrata que na sede da Corte Portuguesa, formava-se uma sociedade bastante diversificada e desigual. Das 60 mil pessoas que habitavam a cidade 12 mil eram africanos escravizados. Com base na observação da imagem e dos conhecimentos adquiridos em sua formação, construa um texto dissertativo abordando a questão escravista no Brasil nesse período. Leia o texto a seguir para saber mais sobre o assunto.

INFLUÊNCIA AFRICANA NA CULTURA BRASILEIRA
REIS, João José Reis. Resistência Escrava na Bahia. “Poderemos brincar, folgar e cantar...”: o protesto escravo na América. Revista Afro-Ásia, nº 14, p. 107-108, 1983.
 Moleque, quiabo, fubá, caçula e angu. Cachaça, dengoso, quitute, berimbau e maracatu. Todas essas palavras do vocabulário brasileiro têm origem africana ou referem-se a alguma prática desenvolvida pelos africanos escravizados que vieram para o Brasil durante o período colonial e imperial. Elas expressam a grande influência africana que há na cultura brasileira.
A existência da escravidão no Brasil durante quase quatrocentos anos, além de ter constituído a base da economia material da sociedade brasileira, influenciou também sua formação cultural. A miscigenação entre africanos, indígenas e europeus é a base da formação populacional do Brasil. Dessa forma, a matriz africana da sociedade tem uma influência cultural que vai além do vocabulário.
O fato de as escravas africanas terem sido responsáveis pela cozinha dos engenhos, fazendas e casas-grandes do campo e da cidade permitiu a difusão da influência africana na alimentação. São exemplos culinários da influência africana o vatapá, acarajé, pamonha, mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África, como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê.
No aspecto religioso os africanos buscaram sempre manter suas tradições de acordo com os locais de onde haviam saído do continente africano. Entretanto, a necessidade de aderirem ao catolicismo levou diversos grupos de africanos a misturarem as religiões do continente africano com o cristianismo europeu, processo conhecido como sincretismo religioso. São exemplos de participação religiosa africana o candomblé, a umbanda, a quimbanda e o catimbó.
Algumas divindades religiosas africanas ligadas às forças da natureza ou a fatos do dia a dia foram aproximadas a personagens do catolicismo. Por exemplo, Iemanjá, que para alguns grupos étnicos africanos é a deusa das águas, no Brasil foi representada por Nossa Senhora. Xangô, o senhor dos raios e tempestades, foi representado por São Jerônimo.
O samba, afoxé, maracatu, congada, lundu e a capoeira são exemplos da influência africana na música brasileira que permanecem até os dias atuais. A música popular urbana no Brasil Imperial teve nos escravos que trabalhavam como barbeiros em Salvador e Rio de Janeiro uma de suas mais ricas expressões. Instrumentos como o tambor, atabaque, cuíca, alguns tipos de flauta, marimba e o berimbau também são heranças africanas que constituem parte da cultura brasileira. Cantos, como o jongo, ou danças, como a umbigada, são também elementos culturais provenientes dos africanos.
Historiadores como João José Reis chegam a afirmar que essa cultura da diáspora negra, essa cultura dos africanos saídos do continente, caracterizada pelo otimismo, pela coragem, musicalidade e ousadia estética e política, foi incomparável no contexto da chamada Civilização Ocidental. Como não foi fácil a vida em terras americanas, precisando lutar para sobreviver, a criação cultural “com a expressão de liberdade que a cultura negra possui” foi “um lutar dobrado” para imprimir na cultura brasileira sua influência. [1]

AULA 9 - EXPOSITIVA: CONFEDERAÇÃO 
DO EQUADOR